Alessio Canonice é de Ibirá-SP e colabora com este jonral
alessio.canonice@bol.com.br
Apesar das campanhas e mais campanhas educativas, visando a boa educação de uma parte dos condutores de veículos e motociclistas, não é surpresa para ninguém o fato de que, em especial, os motoqueiros formam a maior parte das vítimas fatais, um peso à economia e ao futuro do Brasil.
Entre 1998 e 2010, a frota nacional de motociclistas aumentou em ritmo acelerado, o que vem significar a grande demanda de acidentes provocada por motoqueiros, que trafegam por todo o Brasil.
O desempenho da economia brasileira, a partir da década passada, permitiu o acesso da população a bens e serviços que antes não poderiam alcançar, onde citamos, por exemplo, eletrodomésticos, veículos, planos de saúde e passagens aéreas.
Esta é a parte boa, notadamente com a expansão e o crescimento da indústria automobilística, porém, há um problema de natureza grave registrado na última década que, além de trazer transtornos, está matando milhares de brasileiros, principalmente jovens, em decorrência do que estamos narrando: acidentes de trânsito, envolvendo como destaque especial os motociclistas.
Referida situação faz com que o número aumente ano a ano e projeções definem que dezenas de motoqueiros estão sujeitos a perder a vida no ano em curso, em detrimento à própria conduta no trânsito praticada por eles nas rodovias de todo o Brasil.
A propósito, ninguém morre mais no trânsito que os motociclistas e seus caronas, mesmo com o uso de capacete protetor, não é o suficiente para evitar acidentes de grande proporção e que eliminam vidas preciosas em algumas situações dentro deste contexto.
O crescimento do número de mortes, mormente de homens entre 20 e 35 anos de idade, 62% delas estão nesta faixa etária do auge de suas vidas e de forma produtiva, constituindo-se em um fato simplesmente lamentável e que choca verdadeiramente seus familiares.
A Organização das Nações Unidas (ONU), no lançamento da Década Mundial de Ação pela Segurança, reiterou que a palavra acidente não é o melhor para definir acontecimentos de trânsito, que fazem mortes e feridos.
Essas ocorrências são, por essa visão, episódios de violência, já que é algo imprevisível e inevitável, sendo que a maioria dos casos ligados a este fato, conforme já dissemos, torna-se imprevisível em todos os ângulos do tráfego, que se verificam em todo o território nacional.
Afinal, o trânsito nos coloca o tempo todo em contato com outras pessoas, tanto na ida como na volta de uma viagem, conforme opina com muita precisão o especialista em trânsito Eduardo Biavati e, além do que já citamos até aqui, é de se esperar medidas concretas e severas, para que o trânsito seja menos violento e compatível com os bons princípios.