Alessio Canonice é de Ibirá-SP e colabora com este jornal
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O setor de saúde no Brasil sofre há muito tempo com a escassez de recursos, porém, de uns tempos para cá, referido problema ganha dimensão a cada dia que passa.
A penúria em que vivem os hospitais universitários do Rio e de São Paulo, atrasando as cirurgias complexas, marcadas há algum tempo, não são realizadas, é porque faltam recursos financeiros para pagamento aos funcionários e fornecedores.
O sofrimento e angústia estampados nos rostos dos pacientes causam indignação, conforme demostraram as imagens da TV e o pior de toda esta emaranhada situação é que poucos têm a felicidade de marcar a data certa para a cirurgia, que deveria ter sido realizada há algum tempo.
Constatou-se que a falta de numerário se tornou dramática, porém, há de se ressaltar que o problema enfocado abrange muitas cidades do interior paulista, notadamente, quando se trata de repasse de verbas às santas casas e hospitais de um modo geral.
A terrível situação da saúde é explicitada pelo próprio ministro dessa pasta, Marcelo Castro, e tudo indica que em 2016 não há perspectiva de melhoria, o que não se constitui em surpresa para os leitores, que acompanham o desenrolar desse setor, através dos noticiários da mídia.
Segundo o ministro Marcelo Castro, o cálculo de financiamento aprovado pelo Congresso Nacional deverá se situar em um déficit de 7,5 bilhões em recursos para 2016, devido à carência já consolidada e que não promete dias melhores a todos que necessitam do atendimento médico, mormente em caráter de urgência.
Falta bom senso, tanto por parte do poder legislativo como do executivo à população, que depende da saúde pública, muitas vezes desamparada à espera de um milagre para a solução, que envolve a situação de cada paciente.
De momento não há outra alternativa senão recorrer ao SUS, já que algumas empresas se veem com dificuldade em manter planos de saúde, em decorrência, especialmente, da crise econômica em que vive o país e que vem preocupando os próprios segmentos da sociedade.
A população que paga seus impostos é prejudicada diretamente neste campo sofrível de atendimento à saúde pública, onde os interesses do governo em nível federal se voltam para outras prioridades, que dizem respeito a outras situações mais convenientes e mais importantes para a administração do Poder Central.
Este, afinal, é o retrato da saúde pública em todo o país e que vem preocupando cada vez mais a todos que esperam providências, para, pelo menos, minimizar a triste situação em que se encontra o atendimento junto aos hospitais espalhados por este Brasil afora.