Alessio Canonice é de Ibirá-SP e colabora com este jornal
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Sabemos que este assunto se tornou mais que conhecido em todo o mundo, porém, nunca é demais fazer alusão ao acontecimento ocorrido no Estado de Minas Gerais e que se constitui em uma das maiores tragédias naquele Estado da Federação, mas há os que dizem ser a maior de todas.
Os danos ambientais ocorridos pelo rompimento das barragens na localidade de Bento Rodrigues, em Mariana, serão permanentes, infelizmente, diante de uma situação improvável de recuperação e tudo indica que a pesca será sensivelmente prejudicada e os peixes se defendendo como podem para libertação do lamaçal existente no local.
O próprio Rio Doce, pelo que tem demonstrado o noticiário da mídia, pode ser afetado pelo grande volume de lama da mineração, tendo, inclusive, o sistema de água se agravado e não há a mínima possibilidade de se recuperar, apesar dos meios técnicos que possuem a engenharia especializada neste campo.
O rompimento das barragens de Bento Rodrigues é, sem dúvida, a maior tragédia sofrida pelo Estado de Minas Gerais e que sensibiliza a todos nós, diante de um quadro em que vive o Estado, procurando algum meio, para, pelo menos, minimizar a situação dos prejudicados com a tragédia de Mariana.
Há de se ressaltar com exclusividade, de acordo com alguns órgãos informativos, o fato de que as barragens eram protegidas por cimento e não por algum recurso técnico, capaz de evitar a catástrofe, que mexe com a própria autoridade no assunto, para uma análise a contento sobre as razões, que culminaram com a destruição da própria região ambiental.
O resultado da camada de cimento sobre o rio é que, além de matar peixes e outros animais do ambiente, a lama acaba com os locais, onde essas espécies se abrigavam antes do lamaçal e se reproduziam, obedecendo à natureza das espécies.
Outro problema de natureza grave é que a situação chegou até a foz do rio, no Espírito Santo, o que vem a significar que o Rio Doce pode ter consequências, além desta que já possui, para o desespero de muitos, que dele se servem para a subsistência e sobrevivência com a alimentação da pesca.
Saliente-se que, na opinião de um analista ambiental, a lama não traz prejuízos e nem tóxico, mas entendemos que isto não quer dizer que seus efeitos não afetem o ambiente em que vivem os moradores próximos ao problema dos mais comentados da atualidade.
Sintetizando o que narramos até aqui, os agricultores também serão prejudicados com suas lavouras, para o cultivo de cereais, para dar alento à própria agricultura, com a colheita desses mantimentos indispensáveis não somente a eles como às próprias necessidades de consumo da população, que têm acesso aos estabelecimentos comerciais.