Recentemente, estive com a equipe de diretores e gerentes da APAS - Associação Paulista de Supermercados, entidade que presido, em algumas redes varejistas dos Estados Unidos para uma visita técnica, especificamente na cidade de Atlanta. Estar naquela região tão imponente e que sediou os Jogos Olímpicos em 1996 me fez pensar no preocupante momento que vivemos economicamente e no quanto receber um evento deste porte em 2016 pode ser benéfico ao Brasil, além de representar uma esperança de melhoria.
Quando cito os Estados Unidos, refiro-me a uma organização que permite que a população continue se beneficiando dos resultados de muitos investimentos feitos, mesmo após quase 20 anos. Trata-se de uma gestão que priorizou a produtividade.
Como empresário do ramo supermer-cadista e à frente de uma Associação que representa um setor responsável por 30% do PIB Nacional, não consigo deixar de pensar na palavra “produtividade” como lição primária para o direcionamento de qualquer ação que demande investimentos. É impossível gerenciar bons projetos se a produtividade não estiver contemplada em cada etapa.
Em função do Rio de Janeiro sediar no ano que vem as Olimpíadas, muitas obras de infraestrutura estão sendo desenvolvidas para atender aos torcedores e amantes de esportes. Isso é incrível, desde que essas obras não se tornem grandes “elefantes brancos”, com espaços ociosos e que não poderão ser reutilizados pela comunidade posteriormente.
Quem dera se o poder público administrasse nossas obras como nossos supermercadistas administram suas lojas, pensando em cada investimento, na otimização de verbas e, principalmente, na satisfação do seu principal público, no caso os consumidores, que fazem questão de um trabalho bem feito e observam com atenção o cuidado dispensado a cada detalhe.
Talvez seja hora de olhar mais para os anseios de nossa comunidade. O povo sabe do que precisa e está disposto a colaborar, mantendo os espaços públicos ocupados e bem cuidados.
Mais do que construir é preciso pensar em “como” fazê-lo. Uma gestão eficiente vai trazer não só economia, mas qualidade às obras públicas.
Independentemente dos resultados, temos que fazer o Brasil vencer. E a medalha mais valiosa conquistada será um país mais justo e que respeite os contribuintes, ou seja, toda a população – que é quem paga a conta.
Vamos rumo ao lugar ao mais alto do pódio. Vamos rumo a um país melhor.