Alessio Canonice é de Ibirá-SP e colabora com este jornal
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Continua preocupante a situação de pessoas desempregadas no Brasil e a maior taxa já comprovada atinge o patamar de 8,6%, cujo percentual é o maior desde que pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) começou a ser feita em 2012, no que tange ao desemprego.
Importante salientar que aumentou consideravelmente a quantidade de trabalhadores autônomos como uma das opções mais lógicas para o enfrentamento da situação enfocada, especialmente aquelas pessoas que têm facilidade em se desenvolver neste campo optativo.
Tem muita gente procurando emprego e já se constata mais de 8,6 milhões de candidatos a procura de um lugarzinho ao Sol e, assim sendo, o número equivale à soma das populações das cidades de Rio de Janeiro e Manaus.
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego registrada entre maio e julho deste ano, 8,6%, é a maior desde o serviço de pesquisa com toda a eficácia, onde desenvolveu a apuração do número exato de pessoas desempregadas, chegando a esta conclusão a partir de 2012, acrescentando que, somente este trimestre, cresceu quase 600 mil o número de brasileiros a procura de trabalho.
Além do desemprego, aumentou também o número de trabalhadores autônomos, conforme já dissemos no início deste comentário, gente que teve que se virar no mercado como meio de sobrevivência financeira.
Em um ano, mais de 880 mil brasileiros passaram a trabalhar por conta própria em todo o país sem carteira assinada e sem o devido décimo terceiro, valendo-se somar a esta situação, que o economista José Ronaldo de Souza Junior entende que esses números refletem o tamanho da crise econômica, que assola o Brasil de ponta a ponta.
Certamente, há uma procura por trabalho, e se a pessoa não consegue este objetivo com o emprego formal, que é o melhor, porque tem um salário garantido, além de outras regalias, que se constituem em direitos trabalhistas, parte para outro caminho, que lhe ofereça alguma coisa em matéria de trabalho.
Tal aumento da taxa de desemprego foi significante, já que não houve redução em relação ao trimestre encerrado em abril e o terminado em julho. Como teve aumento expressivo de desocupação não tinha como a taxa não atingir este percentual.
Há nove trimestres, há aumento da taxa de desemprego, apontou o coordenador Cimar Azevedo e ressaltou que em julho trouxe aumento da desocupação mais intenso do que o verificado em anos anteriores para o período observado.
O IBGE estimou em cerca de 8,6 milhões o número de pessoas desocupadas no trimestre encerrado em julho e, três meses antes, eram 8 milhões, o que aponta para uma alta considerada em excesso e que não deixa de ser um problema social.
Verdade é que aumentou a desocupação no ano em curso com destaque, por ter sido a maior variação nos últimos anos para esta comparação, disse o coordenador Cimar Azevedo, e o mercado, por sua vez, não efetuou contratações de empregos neste período, comprovando a situação em que chega o desemprego no Brasil.