Semana passada, ao comentar sobre o deputado Fausto Pinato, tive a sorte de escrever o seguinte sobre sua performance e sorte: “se nada acontecer até lá”. Pois é, já aconteceu, e isto prova que nem o Mandrake sabe o que tirar da própria cartola. O Cunha, até este momento, sabe.
Como a sujeira está ficando na cara, escancarada, nem é necessário muita inteligência para prevermos certos fatos abomináveis conduzidos por determinados protagonistas. A história macabra da política brasileira está produzindo terror no Frankenstein.
Já escrevi que a situação é de riso, porém, acontece que quem está sofrendo as consequências é a população.
Já existe torcida a favor do Cunha e a favor da Dilma. Penso que estão desviando a atenção do brasileiro com essa guerrinha safada. Se o Cunha tiver de sair, que seja substituído no Parlamento, simples assim. Se a Dilma for “impichada” que assuma alguém para substituí-la. Resumindo, não entendo que tenha de ser um ou outro, não é campeonato de futebol. Um caso é um caso, o outro caso é outro caso. Quem errou que pague. Se os dois tiverem de ser trocados, que sejam, e que siga em frente a democracia brasileira.
Se pessoas que exercem algum protagonismo sério neste país não se manifestarem com responsabilidade, tomando posições e declarando publicamente o que pensam, é possível que em algum momento todos os adultos tenhamos de vir a público pedir desculpas às crianças e aos adolescentes pela sucata de país que deixaremos para eles. Um país desgovernado, bem como um veículo, após uma grande trombada, geralmente vira sucata. E, da maneira como as coisas estão “andando”, sem dúvida, a trombada será grande e inevitável.
E, tem mais, uma pergunta precisa ser feita sem reservas e sem medo: E no dia seguinte a qualquer resultado em relação a senhora presidente, o que os protagonistas estão prevendo? O que terão a dizer para a nação? Que tipo de governo estão preparando? O país precisa de definições, com recursos, é lógico. Quanto ao Cunha, como já escrevi acima, troca-se o presidente da Câmara e a vida dos deputados continua, para melhor ou para pior, porém, continua. Todos esses questionamentos e pensamentos são viáveis.
E, no humilde entendimento do articulista, de nada adianta alguém ficar comentando que todos os governos anteriores “pedalaram” e que isto não serve como argumento para uma refrega no Congresso. Penso que serve sim, pois, muitos governos anteriores não tinham em vigência a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ou Lei não serve para nada?
Que os eleitores, a partir de agora, pois, sempre é tempo para se recomeçar, tomem muito cuidado ao dedicarem o voto a alguém. Conhecer o passado e as pessoas que rodeiam o “camarada” pode ajudar entender o que o “cara” vai aprontar de ruim ou de bom.
Vamos todos torcer para que desse caos surja uma reforma política que implante o voto distrital e liberte os diretórios municipais da cacicada. Seria uma boa arrancada para um país melhor no futuro, e a moçadinha não nos culparia tanto pelos desmandos atuais.
E, que pena que a abertura do comércio, conforme noticiário, para o período natalino, aconteça através de uma medida de segurança judicial, principalmente, levando-se em conta a atual situação econômica do país. Pode ser que alguém não goste disto, ou mesmo do comentário, porém, melhor será se muitos não perderem emprego por culpa de “picuinhas”.