*Reginaldo Gonçalves é coordenador do curso de Ciências Contabéis na Faculdade Santa Marcelina (FASM)
O desemprego preocupa o mundo. Com a situação econômica cada vez mais difícil, corta-se custos e as vagas com carteira assinada são as mais afetadas.
Pesquisa da OIT - Organização Internacional do Trabalho mostra que o desemprego global continuará crescendo em 2016 e 2017. Uma das características pelo aperto monetário e crise nos países que envolvem também os países desenvolvidos está relacionada com as commodities. A queda tem sido expressiva e com a redução dos negócios internacionais, principalmente envolvendo grandes consumidores como a China. O retrato passa a ser negativo e grandes produtores reduzem seus lucros ou muitas vezes perdem competitividade.
O desemprego no mundo é apresentado nas seguintes projeções – em serão atingidas 197,1 milhões de pessoas; em 2016, o número será 199,4 milões e ano que vem, 200,5 milhões de trabalhadores serão afetados. Esse fato poderá desencadear problemas para todos os países, já que a economia querendo ou não, está globalizada. A falta de emprego gera prejuízos à sobrevivência das pessoas. A situação difícil pode levar ao crime, guerras e migrações para outros países que estão em situação melhor.
Os países emergentes, como o Brasil, por exemplo, são os mais prejudicados, em virtude da vulnerabilidade governamental e insegurança econômica, que desestimulam investimentos em todos os setores da economia. Os países conseguem sobreviver à situação difícil se pensarem em condições que gerem empregos de maneira sustentável. Os grandes consumidores, normalmente, são a própria população do País. Isso vem sendo demonstrado pela própria China. Se não houver uma busca por uma evolução do seu PIB acima de 7,5%, veremos o início de um grande problema no mundo. Os chineses são os maiores consumidores. Por isso a produção é continuamente aquecida.
No Brasil, em 2015, foram fechados mais de 1,5 milhão de empregos formais, ou seja, com carteira assinada. Este é o pior resultado desde 1992. A maior preocupação é que os desempregados constituam, quando possível, pequenos negócios - muitos deles informais ou trabalhem em sub-empregos. Muitos benefícios sociais acabam sendo perdidos. Falta responsabilidade e maior incentivo para que as empresas “informais” ou os trabalhadores em sub-empregos possam ter uma condição digna de vida,.
Mas, para isso o governo precisa buscar outras alternativas para que isso possa virar realidade. O orçamento deve ser usado de forma adequada para investir e estimular a empregabilidade e o empreendedorismo. Se virmos mais trabalhadores formais ou até em negócios próprios formais, certamente teremos um maior giro do recurso. A consequência - a indústria vai se expandir e voltar a contratar, o que diminuirá o desemprego.