Fugir da realidade não é uma boa atitude, enfrentá-la, sim. Durante alguns anos o regime chuvoso não foi nada dadivoso. Em 2014 todos ficamos assustados e, no ano passado, em até algum momento, o “bicho tava pegando”. Nesse meio tempo muitos administradores públicos foram deixando alguns consertos e prevenções para depois. De repente São Pedro resolveu abrir as comportas do céu, pronto, a coisa ficou feia. Pontes caídas, estradas esburacadas e asfalto estragado não falta por todo estado. Agora, paciência, tem que arrumar dinheirinho para colocar a casa em ordem e, pior, “tutu” está escasso. Essa é uma realidade e precisa ser enfrentada. Vamos todos torcer para que os responsáveis, em muitos municípios, consigam êxito nessa empreitada.
O articulista nunca foi um fã ardoroso do administrador Alckmin, porém, admitir que o mesmo está procurando ser realista e tomando atitudes cuidadosas com o gasto público é constatar uma verdade apregoada pela imprensa. Se a arrecadação caiu a obrigação do governante é contar para o povo e colocar o que conseguir de “tutu” em prioridades que promovam o bem-estar da população. Obras faraônicas ou muito caras podem ficar para depois.
Mas, como a realidade do país parece que ainda é mais embaixo, devemos torcer para que as eleições municipais deste ano não se transformem em histórias macabras e de ilusionistas (mágicos de palanque). Não adianta culpar partidos, será preciso escolher pessoas.
Pelo que já vimos, e estamos atravessando, fica evidente que nada adianta aparecer candidatos dizendo que em outros momentos e cargos já fez alguma coisa. O que importa é o que o elemento pode comprovar que fará. Se o cara, em algum lugar, sair fazendo promessinhas mirabolantes pode transformar sua futura administração numa história macabra e frustrante para a população. Não deixa de ser o que está acontecendo com a nossa presidente. Cidades com administradores populistas e cheios de “conversinha” poderão sofrer duras consequências. A verdade, a credibilidade e a experiência administrativa deverão estar em pauta para as próximas eleições.
Também, no último artigo, dei algumas pinceladas em relação às dificuldades de hospitais do país (o noticiário é farto nesse assunto), e sobre nossa Santa Casa. Durante a semana, o provedor foi enfático junto ao Conselho, dizendo: “a coisa está preta”, falta dinheiro. Esta é uma triste realidade em todo o Brasil. Ou o Governo Federal muda a legislação abrindo mão do tal direito geral saúde ou, no mínimo, coloque dinheiro urgente nas instituições que atendem pelo SUS. E, ao escrever que a luta junto aos governos deve continuar, cometi uma falha ao não dizer que tanto o Juninho, como o nosso deputado Carlão jamais deixam de fazer isto. O Carlão tem usado todo o peso que tem como líder do partido na Assembleia para tentar acudir nosso hospital e outros da região, porém, se o governo não tem “tutu” o negócio fica difícil. Por isso mesmo, a verdade dita pelo provedor precisa ser respeitada e aqueles que pretenderem ajudar serão sempre bem-vindos, o Luiz Torrinha ficará agradecido, e o povo também.
E, para terminar, dedico o parágrafo final para um assunto muito pessoal. Dia 22, sexta, minha netinha Ana Luiza completou dezoito aninhos. Isto mesmo, perto dos meus são apenas aninhos. Aninha tem sido uma menina esforçada, lutadora e estudiosa, é um orgulho para os pais, avós e família. Desejo que ela, como todas e todos os demais que assumam idades adultas possam viver num país onde as pessoas sejam respeitadas e tenham oportunidades de progredir. Parabéns moça bonita.