Alessio Canonice é de Ibirá-SP e colabora com este jornal
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Com todo respeito aos políticos da atualidade e aos governantes em confronto com o regime militar de 1.964 a 1.985, o que se torna imprescindível fazer uma comparação entre a postura de hoje e o tempo em que atuavam no poder os presidentes militares.
O governo da revolução criou o INSS, FGTS e o 13º salário, além de ter contribuído com a construção da maior hidrelétrica do mundo, capaz de fornecer energia elétrica de uma forma satisfatória aos consumidores de todo o país, pelo menos à época desse grande feito.
Construiu também a ponte Rio-Niterói, uma obra que orgulha os cariocas e o próprio povo, diante da importância e da utilidade que tem para a facilidade de acesso entre as duas cidades e que veio a se constituir em uma grande realização tão clamada antes por aqueles que sonhavam com a referida obra.
É de se ressaltar, que desde o primeiro mandato presidencial por civil, após ditadura militar, não se ouve dizer sobre obras gigantescas, tal como essas que enumeramos, muito ao contrário: nunca a história registrou tantas prisões em decorrência dos desmandos e dos superfaturamentos em todos os níveis de obras, que aconteceram e que correspondem ao próprio governo em nível federal.
Quanto à Petrobras, já se tornou rotina aparecerem envolvidos em escândalos e que não representam nenhuma novidade aos leitores, que acompanham atentamente o desenrolar de toda esta emaranhada situação e que irá permanecer por um bom tempo, até que se chegue a um ponto final de uma nova vida à estatal, orgulho do Brasil.
Não se pode admitir que os militares eram perfeitos, mas eram honestos e nenhum deles se enriqueceu às custas do dinheiro público, apesar de alguns erros na condução da máquina administrativa, mas suportáveis, sem o manuseio do erário para fazer política, visando a permanência do sucessor no poder com as mesmas ideias do substituído.
João Batista de Oliveira Figueiredo, por exemplo, morreu pobre, a ponto de vender seus cavalos de estimação, para equilibrar seu orçamento e colocar sua vida em dia no que tange à situação patrimonial.
O que temos agora? Uma boa parte dos políticos que ocupa cargos eletivos seriamente comprometida com denúncias, até que provem em contrário, porém, se culpados, deverão ser punidos, aqueles que cometeram faltas imperdoáveis ao arrepio da Lei, pois comprometem a imagem do país, já que a imprensa é livre e garantida por direitos legais.
Em matéria de obras gigantescas, tivemos a construção de alguns estádios e reformulação de outros, para que o Brasil pudesse sediar a Copa do Mundo, de acordo com as exigências da FIFA. No caso, foram injetados bilhões nesses estádios, para a realização de uma copa até hoje indigesta e que ficaria eternamente na lembrança de todos brasileiros.
Outros milhões serão injetados quando da realização da olimpíada do ano em curso, porém, desde que seja sucesso, merece um voto de apoio, para recuperar o fracasso da Copa.
Finalizando este comentário, tentam a volta da famigerada CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira) e que se refere ao imposto do cheque, além dos lançamentos a débito dos correntistas de todo o país, porém, uma nova luta deva ser acirrada pela sociedade e entidades representativas, caso o referido imposto venha a se tornar realidade.