Alessio Canonice é de Ibirá-SP e colabora com este jornal – alessio.canonice@bol.com.br
O resultado, que permitiu a vitória do deputado Leonardo Picciani como líder do PMDB na Câmara Federal, terá reflexos direto no pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Apesar de o deputado possuir provas, que liberam a presidente das acusações a ela imputadas, a vitória de Picciani, que foi aprovada pelo Congresso Nacional, será o termômetro, que conduzirá as ações do maior partido do Brasil.
O que mais chama a atenção é o fato de ter Leonardo Picciani derrotado Hugo Mota, que dizem ter sido bancado por Cunha, presidente da Câmara e favorável ao impeachment contra Dilma Rousseff, porém, agora, resta saber até onde vai a influência e o poder de Eduardo Cunha.
A discussão em torno do impedimento da presidente da República passa muito mais pelas negociações de bastidores de Brasília, especialmente se vale a pena dar sequência à luta, para que seja colocado em prática o processo de impeachment, porque, a nosso ver, envolvem interesses de toda a natureza, por isso agem com cautela os representantes do povo junto à Câmara Federal.
A vitória de um aliado favorece Dilma, independente das acusações e, à vista deste ponto, Cunha tenta conduzir os trabalhos favoráveis ao impedimento, mas perde a força, diante de alguns aspectos que o condenam, com destaque ao fato de estar sendo acusado de ter contas no exterior.
À vista de todo este jogo pelo poder o eleitor se distancia de dar credibilidade aos candidatos a cargos eletivos, até que a imagem do país seja restabelecida com homens no poder, dignificando as funções a eles atribuídas e que possam gozar de respeito junto à opinião pública.
No que tange às denúncias, não sabemos a que ponto podem chegar, porque há jogos de interesse, conforme já dissemos no início deste comentário, visando o bem-estar de um governo, que ainda não inspira a confiança do eleitor, independente das acusações formalizadas, já que tem o respaldo de seus defensores.
É de se esperar o que vem pela frente, mas com justiça embasada em fatos reais e não em denúncias que, simplesmente, não passam de boatos que se transformam em disputa política e, quanto à presidente da República, entendemos que falta argumentação jurídica suficiente para aqueles que sonham em vê-la fora do poder.