É preocupante, pelo menos de momento, a inflação desenfreada em todo o país, já que os preços de um modo geral são majorados pelo comércio estabelecido, cada um arbitrando da forma que lhe convém, e o consumidor, por sua vez, o mais sacrificado em todo este quadro inflacionário e que se constitui em crime contra a economia popular.
O Índice de Preço ao Consumidor (IPCA), fez com que a inflação do país ficasse em 0,96% em dezembro último, fechando o ano de 2.015 em 10,67%, a maior taxa desde 2.002, mediante informação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, porém, trata-se de um dado estatístico e não de uma realidade, pois não condiz com o que vivemos e que vem comprometendo dia a dia o orçamento familiar.
Considerando apenas o mês de dezembro, o avanço de preços também é o maior em 13 anos, quando o IPCA do período chegou a 2,10%. No caso, este resultado indica que a inflação fechou acima do teto da meta do Banco Central para o ano e, assim sendo, o governo perdeu as rédeas de domínio, deixando de lado os problemas de um povo sofrido e desamparado pelo que vem enfrentando com a queda assustadora do poder de compra.
O que mais pesou no bolso do brasileiro e continua pesando foi o aumento de preços dos alimentos e das bebidas. De 8,03% em 2.014, a taxa subiu para 12,03%, portanto, seu peso é o maior do cálculo do IPCA, valendo-se acrescentar com exclusividade que o mês de janeiro do corrente foi contemplado com uma inflação 1,27%.
A chuva dos estados do Sul prejudicou até certo ponto as lavouras e os produtos agrícolas já estavam sacrificados por custos de aumento de energia, frete e combustível, majoraram seus preços, disse a coordenadora de preços do IBGE Eliana Nunes dos Santos, porém, deixou de acrescentar quaisquer soluções para amenizarem a situação dos usuários de energia e consumidores, para que haja um equilíbrio em confronto com a renda de cada cidadão.
Gastos com habitação também subiram de 8,8% para 18,31, seguidos do transporte, que registrou forte avanço de 3,75% em 2.014 para 10,04% no ano seguinte.
Depois de um quadro explicitado até aqui, como fica a situação dos assalariados em confronto com este sério problema e que se restringe, especialmente, sobre abuso de preços, estando neste contexto a classe de baixa renda? É de se lamentar o momento em que vivemos e a esperança de um equilíbrio entre a inflação e a renda per capita de cada cidadão, entendemos ser bastante remota.
Cabe à sociedade e às entidades de classe, através de mobilização, fazerem com que medidas possam ser adotadas, para que o povo se sinta mais seguro em relação ao abuso que se cometem sobre os preços de um modo geral.