Alessio Canonice é de Ibirá-SP e colabora com este jornal
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Na opinião de muitos, a rodovia Washington Luís é criticada pelo excesso de pedágios, porém, de outro lado, tem como mérito ser uma das estradas mais perfeitas do país, mormente em termos de qualidade da malha viária e infraestrutura de uma forma exemplar.
Torna-se, dessa forma, facilidade de acesso à capital paulista, passando por um conjunto de cidades importantes do interior, sem contar com a variedade de paisagens que enchem os olhos de quem as vê, mesmo não adentrando nessas cidades, quando a viagem se processa com condução própria do cidadão, há de se ressaltar as árvores das diversas espécies que se apresentam aos olhos de todos durante o transcurso dessas viagens.
Importante salientar nesta oportunidade a quantidade de veículos que trafega pela rodovia em questão, tendo em vista o poder aquisitivo do cidadão e a facilidade que encontra em adquirir tais veículos com financiamento a longo prazo, porém a estatística registra mais de 600 acidentes em 2015, além das vítimas fatais e que não há a mínima possibilidade de redução dos acidentes, infelizmente.
Discurso político não resolve o problema da enchente de veículos, que trafegam diariamente, através da rodovia enfocada, especialmente nos fins de semana e feriados prolongados, sem contar com os caminhões de 25 a 30 metros de comprimento, causadores de reparos inadiáveis pelas concessionárias responsáveis pela manutenção das estradas.
Como se não bastassem o que enumeramos até aqui, os preços reajustados de tarifas de pedágio se constituem em outro problema ao bolso de quem faz uso da malha rodoviária, além do combustível a cada período majorado, sem que os salários tenham sido reajustados em confronto com esses abusos contra a economia popular.
As montadoras, por sua vez, precisam faturar, para renovação do estoque de veículos, e para isto, partem para planos especiais, através das revendedoras, para que a produção não sofra paralisação, o que concordamos plenamente, pois iria causar impacto social com desemprego e prejuízos ao Estado e à União, que dependem de arrecadação aos cofres públicos.
Deveria o governo, em níveis estadual e federal, adotar alguns critérios e medidas, para que o trânsito seja melhor disciplinado e com mais segurança aos condutores de veículos, o que se faz necessário acrescentar o fato de que o próprio governador Geraldo Alckmin sinalizou com uma esperança de solução, porém, não se tem a mínima ideia de qual será esta solução.
Há promessas de que o governo estadual tenta uma medida para desafogar as rodovias, mesmo que seja a longo prazo, mas é certo que se trata de uma missão difícil e quem ganha com isto são as concessionárias, que faturam com os pedágios, independente da conservação das rodovias e pagamento aos funcionários, que compõem o quadro funcional.
Acreditamos que o governo, principalmente em nível estadual, esteja preocupado com o problema cada vez mais tomando dimensão e é de se esperar alguma solução que dê ênfase às boas iniciativas de melhoria, oferecendo a segurança necessária para que haja um trânsito compatível com os bons princípios neste campo sofrível e preocupante.