Alessio Canonice é de Ibirá-SP e colabora com este jornal – alessio.canonice@bol.com.br
Embora tenha sido constatada queda na cotação do dólar, que desde o episódio de Lula e Polícia Federal, vem girando em torno de R$ 3,70, trazendo em seu bojo um certo respiro, os números sobre a economia continuam a demonstrar as dificuldades enfrentadas por toda a população do Brasil, para suportar as despesas diárias e que não são poucas no contexto geral.
Levantamento divulgado pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças sinaliza que as taxas das operações de crédito se elevaram em fevereiro. No caso das pessoas físicas a taxa média geral alcançou o patamar de 145,46% ao ano, a maior desde fevereiro de 2.005, quando ficou em 146%.
Em janeiro foi de 142,74% e, assim sendo, os dados que pesquisamos provam o quanto é grave o endividamento das famílias, mormente no caso dos desempregados, que não dispõem de renda para o enfrentamento da situação enfocada.
Nem mesmo para esses desempregados horarem seus compromissos, o problema se estende e acabam contraindo empréstimos, sendo que na modalidade dos cartões de crédito os juros são assustadores, onde atingem a cifra de 419,6% ao ano, acrescentando a este fato, que em janeiro registra uma taxa média de 410,97% ao ano.
Referida taxa é a maior desde outubro de 1.995, quando estava em 459,53% ao ano, além dos juros exorbitantes, isto sem contar com a carga tributária, considerada uma das maiores do mundo. Quem sabe, a maior das maiores em todo o mundo.
No caso das pessoas jurídicas os juros também representam problema a mais para o dia a dia das empresas, sem que o governo adote medidas alternativas de incentivo ao mundo empresarial.
A pesquisa efetuada pela Associação Nacional de Executivos de Finanças aponta que em fevereiro a taxa média ficou em 68,23% ao ano, ante 66,31% em janeiro, a maior desde janeiro de 2.009, portanto, o quadro é de extrema preocupação a todos os segmentos da sociedade.
Ainda sobre a situação das empresas, os indicadores divulgados nesta quinta-feira, dia 09 do corrente, mostra números desfavoráveis e que remontam desafio aos empresários em manter seus empreendimentos comerciais e industriais.
Enfim, apesar de toda esta dificuldade, sempre há uma esperança, mesmo que remota, para o aquecimento do mundo empresarial, oferecendo emprego às milhões de pessoas desempregadas em todo o país, um dos maiores desafios que se apresenta de momento à procura de emprego por essas pessoas.