No último domingo não escrevi, passei batido. Havia uma razão, pois, depois de escrever por tanto tempo, entendi que os assuntos em geral estavam se repetindo, para pior. Pensei: para que continuar escrevendo? Não sou profissional e nem o dono da verdade. Acontece que o Fabinho, responsável pelas edições do jornal me convenceu, simpaticamente e com muito respeito, a escrever mais um tanto, até chegar aos seiscentos. O amigo João Carlos foi enfático e me disse: continue, o jornal até hoje não te palpitou em nada e fique à vontade. Portanto, vamos lá.
Vejam só meus caros e respeitáveis leitores, o que aconteceu nesta quarta feira confirma o que escrevi acima: os fatos acontecem para pior, muito pior. Acredito que todos os poderes da nação saíram manchados ou machucados desse episódio que ainda não terminou. Para não ser mal-educado, como alguns pegos em grampos, e dizer palavrões, digo uma coisa só: Sujaram!
O exemplo dado as crianças, jovens e adolescentes é muito ruim. Fazer qualquer coisa para se manter em um cargo ou para manter o poder não é lógico e nem decente, em qualquer esfera. E, tem mais, penso, e estou convicto, que política não se faz com o fígado e sim com a razão, pois, afinal, multidões dependem de como são governados para poderem manter uma vida de dignidade. Ninguém tem o direito de pensar apenas em seu umbigo na política e deixar a “ver navios” toda uma população, em qualquer esfera de poder.
Não vou ficar comentando as atitudes desse ou daquele, não sou advogado, não conheço os tais meandros das leis e nem tenho cargo de mando através do voto. Quanto as manifestações de domingo, tão propaladas e decantadas por alguns, e criticadas e desmoralizadas por outros, me atenho ao que tenho visto nas pesquisas: o povo majoritariamente não está satisfeito. Para bom entendedor meia palavra basta, não precisa ficar fazendo malabarismo para tentar justificar situações como as que estamos assistindo, afinal quem sofre é a população.
Como nada está sendo preparado para tirar o pais do atoleiro que entrou o articulista fica cada vez mais convicto que os próximos Prefeitos, em todo o pais, precisam conhecer bastante de administração para “segurarem o rojão”. Se a economia não funcionar medianamente vai faltar “tutu”. Muitas Prefeituras, através dos anos, criaram despesas que podem não ter sustentação e inviabilizar até as necessidades mais prementes das cidades. Se o administrador eleito não for franco durante a campanha poderá passar pelos mesmos constrangimentos que estamos assistindo a nossa Presidente passar e, com um agravante: os eleitores moram na mesma cidade do Prefeito e podem, como se diz: “apertá-lo até espanar”. Realmente, a não ser que haja algum milagre (será?), os tempos dos próximos administradores serão difíceis. Neste assunto cabe ao eleitor avaliar a competência do “artista” em quem pretende votar. Aqui, a razão, sem dúvida, precisa prevalecer sobre a emoção, ou “a vaca do município vai pro brejo”.
E, tem mais, os eleitores ao perceberem os problemas que estamos vivendo precisam escolher para executivos e legisladores pessoas que pensam no coletivo, jamais nos próprios interesses ou de seus grupos.