*Alessio Canonice é de Ibirá-SP e colabora com este jornal - alessio.canonice@bol.com.br
Dias atrás houve o encontro com a democracia, com a vontade de ver as coisas esclarecidas de uma vez por todas, porém, até o momento, a situação se transformou em uma batalha jurídica entre o Supremo Tribunal Federal e os defensores do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva.
Desde há algum tempo essas coisas vêm acontecendo e, talvez por influência e interesses de alguns poderosos, além do próprio interesse em jogo por parte de alguns parlamentares, que gostariam que os fatos fossem elucidados, mas não têm coragem de se expor, porque a situação presente os favorece e de uma forma até eficaz.
De algumas semanas para cá a caixa-forte, que guardava em seu bojo algumas surpresas inesperadas e que envolvem os protagonistas de toda esta emaranhada situação, especialmente no que tange ao ex-presidente Lula, estão vindo à tona pelo senador Delcídio Moreira e que abrangem de uma forma ou outra a própria presidente pelo referido senador, desempenhando o papel de Joaquim Silvério dos Reis.
São bilhões de reais que, supostamente, deverão ser retornados aos cofres públicas, entretanto, quando isto acontecer é que teremos a certeza do mínimo de dignidade de quem assim procedeu, para a recuperação do erário, que poderia ter sido injetado nas prioridades essenciais, tais como saúde, educação e segurança, que ainda deixam a desejar.
Somos considerados um país pacífico, mas convenhamos, paciência têm suas limitações ao ouvir denúncias, que chegam ao extremo de um ex-presidente, que se acha acima da Lei e de todos, até que consiga provar em contrário e é o que a população talvez deseje, para dissipar toda e qualquer dúvida a respeito das denúncias a ele imputadas.
Temos a impressão de que se fosse no Irã, por exemplo, toda esta confusão já teria terminada, sendo uma boa parte da população solidária ao ex-presidente e à presidente Dilma Rousseff; a outra, exigindo a renúncia da mais alta mandatária da Nação, tanto é verdade que tempos atrás, ou seja, há 30 anos, por aí, um membro do governo foi fuzilado em praça pública a mando de Aiatolá Komeini.
Hoje, pelo menos de momento, o brasileiro, que deseja um pais crescendo e se desenvolvendo a contento em vários aspectos, entre eles, emprego a milhões de desempregados, a esperança se torna remota, razão pela qual o povo está cada vez mais descrente da política, do próprio governo e ninguém presume de que forma teremos um novo Brasil.
Enfim, são necessários homens íntegros para conduzir os trabalhos legislativos, tanto da Câmara como do Senado e de moral ilibada, para que haja um voto de confiança dos brasileiros.