*Alessio Canonice é de Ibirá-SP e colabora com este jornal – alessio.canonice@bol.com.br
Não se constitui em novidade para os leitores e todos aqueles, que acompanham os noticiários da mídia, especialmente as imagens trazidas pela TV, o momento político em que vive o país e cada vez mais se intensificando a movimentação política.
À vista de toda esta emaranhada situação, algumas surpresas de última hora poderão vir à tona, através do delator e senador Delcídio do Amaral, mostrando-se disposto a delatar fatos, além do que delatou até agora, fazendo com que os momentos possam esquentar a fogueira das denúncias e que não são poucas.
Os problemas de denúncias de corrupção se avolumam cada vez mais com o envolvimento de personagens e de pessoas comprometidas perante a Justiça, diante das acusações a elas imputadas e lastreadas por documentos, que apresentam irregularidades de toda a natureza.
Um dos fatos, que vem chamando a atenção de toda a população do país é a nomeação do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva como ministro chefe da Casa Civil da Presidência, uma situação inesperada e que motivou revolta por parte de vários deputados federais, indignados com esta nomeação como se fosse uma ducha de água fria nos meios políticos.
Porém, a reação foi rápida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes com uma liminar, pedindo a suspenção da posse de Lula e que não motivou surpresa para ninguém, diante da própria situação delicada em que passa o ex-presidente.
Nunca se ouviu falar na história política do Brasil tantas controvérsias e bate-bocas entre deputados federais, cada um defendendo seu ponto de vista, mesmo nos tempos em que o país teve o comando dos presidentes militares.
Pelo que vem se movimentando o cenário em torno de Lula, seus defensores até agora não inverteram este quadro, de modo a provarem que o ex-presidente não tenha sido beneficiado pelas empreiteiras, que prestaram serviço junto à maior empresa estatal, que é a Petrobras, além de outras envolvidas em todo este mistério.
As conversas telefônicas entre Lula e a presidente Dilma Rousseff, além de outros personagens, deixaram claras o seu rompimento com o Congresso Nacional e com o próprio Poder Judiciário, tendo a coragem de declarar quem tiver melhor artilharia vence esta batalha.
Tem-se a impressão de que Lula foi nomeado para contornar a crise do governo, mantendo diálogo com as duas casas de Lei, Câmara Federal e Senado, porém, achamos remota esta possibilidade de prosperar este possível intento do ex-presidente.
Agora, com a saída do PMDB do governo, com alguns ministérios ocupados e que resultaram nesta decisão, porém, com outros, que permanecem no escalão da administração, resta aguardar os rumos que a política nos reserva.
É de se esperar, afinal, bons resultados e que sejam colocados em prática o mais rápido possível, com decisões justas, visando o melhor caminho a ser trilhado, porém baseado em fatos, que determinem o que for de melhor para o país, com critérios adequados, fazendo com que a máquina administrativa tenha o seu curso normal.