Não sou expert em Leis e nem em Constituição. Se está escrito na Constituição que o Congresso pode votar o impeachment de um Presidente, e alguém consegue emplacar um pedido desses após analisada por comissões competentes, paciência, o pedido tem de ser votado em plenário. Se Leis apenas podem vigorar ou existir após passar pela Câmara e pelo Senado, e se itens da constituição só podem ser alterados após passar pelo Congresso, penso que ao STF cabe apenas julgar se os tramites estão dentro dos “quadrinhos” constitucionais. Ficar “gemendo na rampa” fora disto é fazer o pais perder tempo e tumultuar andamentos de processos.
O Brasil vive momentos dramáticos, pessoas desempregadas, comerciantes passando por sufoco e os investimentos em compasso de espera. Isto provoca caos econômico e financeiro, pessoas passam grandes dificuldades e pode haver fome.
Neste domingo a Câmara dos Deputados vai decidir se haverá ou não o impeachment. Penso que a grande imprensa e órgãos do governo deveriam estar solicitando às pessoas que permanecessem em casa aguardando o resultado. As aglomerações, a favor e contra, podem descambar para brigas desnecessárias e pessoas saírem machucadas. Ou obedecemos e entendemos os procedimentos democráticos ou voltemos para a época dos tacapes, ou para um passado remoto onde as coisas se resolviam a pau e pedra. Acredito que o homem se civilizou e pode muito bem aceitar resultados democráticos.
Vejam bem, se a atual Presidente permanecer no cargo, logo na próxima semana terá de tomar atitudes sensatas para que o pais possa funcionar. Aumento de impostos e tributos será algo insensato.
Se em algum momento outra pessoa assumir o cargo Presidencial, vai ter, também, de dizer a que veio e implementar medidas que coloquem o pais para “andar”.
Nos dois casos, sem dúvida, nada vai acontecer do dia para a noite. Qualquer, ou todas as medidas tomadas precisam de um tempo para surtir efeito. Acredito que é hora de se falar a verdade ao brasileiro, pois, o estrago feito precisa de um tempo para ser consertado.
Se na próxima semana, o lado que “perder” ficar revoltadinho e badernar por aí, vai atrapalhar ainda mais o processo de retomada. Penso que é hora de calma, muita calma.
Também penso, meu caro leitor, que os senhores Deputados e Senadores precisam sentir, em suas regiões, que se torna urgente uma reforma política. É preciso acabar com o comercio partidário, é preciso acabar com os picaretas que fundam partidos para se locupletarem dos fundos partidários. Quanto menos partidos, mais forte ficará a democracia, mesmo porque para que alguém se mantenha ali (no partido) terá de obedecer às diretrizes partidárias. Os que tiverem diretrizes ruins perderão eleitores com o tempo, os mais organizados e sensatos obterão vantagens eleitorais. Quanto menos partidos, menos picaretas disputando eleições, ou alguém, ingenuamente, acha que um Deputado eleito na “rabeira” de algum outro não vai aproveitar, em algum momento, algumas vantagens que lhe forem oferecidas, pois, o cara está cansado de saber que dificilmente será eleito novamente e, assim, dependendo da personalidade do camarada, ele vota até contra a própria mãe. Portanto, espero que as pessoas não sofram hoje ao constatarem determinados votos, a favor ou contra, e que aproveitem para marcar bem os “trairas” (dependendo do entendimento de cada um) e não votar mais neles.
Enquanto isso, vamos nós aqui de Votuporanga comemorando que a cidade está classificada entre as duzentas melhores. Uma história que começou a quase 79 anos, resultado do trabalho de todo um povo que teve a sorte de construir uma cidade sempre educada e administrada adequadamente e sem “vendettas”.
E, para terminar, um ditado que serve para muitos políticos não tão bem intencionados, em todos os lugares: “É melhor ser pobre solto / Do que rico na cadeia!” (Miguezim de Princesa).