Tá ficando repetitivo escrever sobre a situação política nacional. Como já li em algum lugar, a situação está desmentindo o Tiririca que dizia: “Pior que está não fica”. Pois é, cada dia fica pior, o Tiririca pode inventar outra porque essa não vale mais.
Também, já escrevi sobre o Mandrake, aquele mágico dos gibis que sabia perfeitamente o que tiraria da cartola, só que aqui no Brasil o próprio seria desmoralizado, antes de sair um coelho pode sair um monte de ratos e outras tranqueiras mais.
E, este será um ano eleitoral nos municípios. Coitados dos candidatos, devem falar realmente o que? Pois, sabe-se lá como estará a cabeça da população ali pelo mês de outubro? Mesmo bons candidatos podem sofrer decepções, principalmente tendo em vista o estado de espírito geral. Não havendo o impeachment o barulho continua, havendo, o barulho vai continuar com outros personagens. Penso que o final desse filme, tipo novela, não será muito feliz. Para o bem do povo até que poderia ser e vamos torcer para isto.
Mas, enquanto isso, obedecido o calendário eleitoral e não havendo “tempestades”, vamos ter eleições em outubro. E, se existe alguma coisa que funciona com data e hora marcada no Brasil, até hoje, é o calendário estipulado pela justiça eleitoral. Parece que as convenções para escolha de candidato se estendem até o início de agosto, e assim muitas novidades até esta data podem surgir nos municípios em geral.
Vejam só, alguém em algum momento, em algum município, alardeia que será candidato e, por isso, pensa que assustou outros. Acontece que o Brasil possui, parece-me, trinta e cinco partidos, e todos com direito a lançarem candidatos, desde que devidamente constituidos nos municípios. De repente, em algum momento, surgem outros candidatos que, sem dúvida, dificultam a vida parecidamente mansa do pioneiro. Isto pode acontecer até na última hora das convenções e ninguém pode reclamar, afinal pessoas com título de eleitor e com seus direitos em ordem podem pleitear os cargos correspondentes numa eleição. Democracia é isso aí e temos de respeitá-la. Em algumas cidades é até muito bom que existem vários candidatos, principalmente num ano tumultuado politicamente como este, pois, assim o eleitor terá várias opções de voto. Que cada um faça suas propostas e consiga transmitir confiança ao eleitor. Não é hora para enganadores e coitadinhos, é hora para pessoas decididas e comprometidas com a comunidade.
Penso, também, e acredito já ter escrito ou discursado sobre isto, que nenhum voto deve ser proporcionado ao candidato simplesmente porque em algum outro momento, em algum outro cargo ou no mesmo pleiteado, o cidadão fez isso ou aquilo. Para que o candidato tenha feito alguma coisa já recebeu votos no passado, e apenas cumpriu com seu compromisso, ou seja, o que o cidadão candidato realizou o eleitor já pagou antecipado em outra ocasião. Penso, também, que no Brasil que vai surgir desse rolo infernal, o eleitor precisa distinguir nos candidatos sua capacidade de administrar recursos escassos, sua forma de reagir a dificuldades e a possível equipe que vai acompanhá-lo. Sem dúvida, a partir de algum momento, neste ou no próximo ano o pais vai ter de andar novamente e os prefeitos que estiverem em seus cargos precisarão estar preparados para deslanchar, ou, no mínimo, manter a cidade em ordem. Promessas e arrogâncias não levarão a nada. O momento é sério e os candidatos precisam ser assim, também. O Brasil vai sair desta, os municípios, também, e respeito a causa pública será fundamental.