*Nasser Gorayb colabora com este jornal.
Semana passada terminei o artigo escrevendo: “Uma boa semana a todos e vejamos quais serão os próximos capítulos dessa infindável e macabra novela”. Novela dos problemas nacionais. Macabra pela maldade dos fatos, porém, uma piada com o que aparece por ai. Piada mesmo, pois, alguns não se conformam que homens tão expertos (na safadeza mesmo) se deixem pegar por alguns tais de grampos. Confiam demais no próprio “taco”, falam o que não devem e depois amarelam. Infelizmente muitos de nossos “vestais” se acham acima de qualquer suspeita, se acham o máximo, esquecem que estão lidando com malandros piores do que eles. Escrúpulo nesses casos é o que menos existe, cada um quer “tirar o seu do ponto” e lasquem-se os outros. Esse tipo de comentário não precisa ser comprovado, está explicito nos fatos vistos por todos.
O país está precisando de alguma dose de alento, não importa qual seja o Presidente, importa, isto sim, que aqueles que estiverem no manche da nação entendam que o povo está apavorado.
O Temer, que está provisoriamente no cargo máximo não pode ficar atirando com canhão, quando muito com uma espingardinha de chumbo, pois, se algum Senador ou seus apaniguados ficarem melindrados o cara muda de voto e a Sra. que está licenciada volta. Por isso mesmo o atual Presidente, mal e mal, pode dar dois passos à frente, sem ter voltar algum atrás. Parece que isto aconteceu com a Cultura, o tempo dirá o resultado dessa atitude.
Ao mesmo tempo de todas as indefinições o atual não pode deixar de sinalizar algumas medidas, sejam elas amargas ou não. Para um pais que está quebrado, medidas gostosas vão ser difíceis de aparecer. As contas precisam ser organizadas e, sem duvida, pagas. De nada adianta existirem Leis obrigando alguma despesa se não existe dinheiro, é isso que a população precisa entender, e quem tem a obrigação de dizer isto ao povo é o Governo Federal, seja quem for que estiver na cadeira.
O Brasil não vive onda de pessimismo, vive onda de realidade e quem não entender vai se dar mal, desde os altos governantes ao homem simples do povo. O resultado de tudo que vivemos nos últimos anos resume-se em frase grosseira (me desculpem) - deu merda, agora vai feder e o cheiro vai pra todos. Que pena!
Os estados e municípios vão “roer osso”, o pessoal que os comanda não pode ficar alardeando que vai fazer isso ou aquilo porque os recursos serão escassos. Sem movimento não existe arrecadação de impostos, sem caixa até os salários dos que trabalham nesses lugares estarão comprometidos.
E, acredito, nada vai mudar rapidamente, pois, além do processo de impeachment pelo Senado que vai dar o que falar, já, já começa o barulho das eleições municipais e muitos políticos de Brasília e dos Estados estarão atentos às suas cidades para não perderem seus currais e outras “boquinhas”. Com isso os problemas demandarão mais tempo para serem resolvidos e a população, sem duvida, em algum momento vai estrilar, sabe-se la como. Um povo descontente pode dar o toco nas urnas dos municípios e eleger muitos irresponsáveis por ai, ou, também, causar surpresas a muito coronel.
Pois é, a novela continua, agora, além de macabra, cheia de piadas. Que os merecedores de serem defenestrados da política o sejam e, também, os que cometeram delitos que os paguem sem que ninguém tenha-lhes pena ou dó, ao contrário, que a verdadeira pena seja dura e prolongada. Como se dizia na Idade Média “botem os malandros a ferros”, seja lá quem for, de qualquer lugar.