Depois que o Lula crucificou Tiradentes e a Dilma lançou no mercado mais um pecado capital, ta ficando difícil saber a realidade das histórias que nos foram contadas. E, tem mais, alguns já estão pregando o A.D. e o D.D., ou seja, antes de Dilma e depois de Dilma. Outro velho conhecimento sendo quebrado.
Acredito que as pessoas, no caso a Presidente Dilma e o ex-Lula, tenham lá suas razões para ficarem discursando defendendo suas “convicções”, apenas não entendo alguns dos palavreados. Pessoas que assumem grandes responsabilidades precisam pensar muito antes de se manifestar em público, afinal estão sendo ouvidos desde às criancinhas aos já mais idosos. Um chefe de estado não pode ficar soltando perolas por aí, ou melhor, não tem esse direito, seja de que partido for.
Esse articulista não está contando como “favas contadas” a deposição da Sra. Presidente, apenas acompanho o noticiário geral e, tudo indica, é bem possível que o Senado lhe conceda umas férias já na primeira quinzena de maio. Depois, bem...depois a novela continua e o final ainda não está escrito.
O Brasil não merecia estar vivendo esse drama, a população quer desenvolvimento, quer tranquilidade e o nosso sistema político instalado está promovendo um circo devastador.
Pior será se entrar o Temer e tivermos de ficar esperando o A.T. e o D.T., antes e depois, aí o Brasil vai levar muitos anos para sair do buraco.
Tem uma frase antiga que diz: “o uso do cachimbo entorta a boca”. Acredito, na minha modesta opinião, que nosso pais precisa trocar os protagonistas da política. Os que aí estão, desde muitos municípios até a esfera federal, estão mal-acostumados com o tal de poder e pensam que tudo podem. Quando são ameaçados de perder as “boquinhas” colocam, isto sim, a boca no trombone, tentam inventar sucessores, querem se perpetuar às custas de “laranjas” e elegem até postes sem luz própria.
Essa situação da atual Presidente Dilma é bastante complexa. Se for impedida fica o vice, algumas pessoas não se conformam com isso, porém, é o que está na Constituição. Também, alguns querem novas eleições fora de época. Muito bem, façam-se eleições gerais apenas com candidatos que atualmente não estejam ocupando nenhum cargo ou que não os tenham ocupado em nenhum outro momento. Aposto que, se for como estou escrevendo, a proposta “morre no ninho”.
Para que ideias como essa proliferem é preciso que nos municípios, já neste ano, os eleitores votem apenas em quem está novinho na política, sem vícios, sem ressentimentos e sem ameaças. Os novos existem, basta que se escolha o melhor dos que aparecerem. Tem alguém que já escreveu algo assim: “Cargo público não é concessão de uso, mas oportunidade de realizações, e estas realizações ocorrerão na medida em que o ocupante do cargo quiser tornar republicanos os conhecimentos adquiridos através do desenrolar de sua vida em convivência interativa com as experiências do coletivo”. Legal, não?
Não me atreveria ser contra abertamente ao sistema de reeleição, existem casos de sucesso que beneficiaram as populações correspondentes. Prefiro que uma pessoa não ocupe o mesmo mandato por mais de duas vezes, que procure outro cargo se gostar da política. Assim, sempre haverá renovação de métodos e pensamentos administrativos e ninguém se perpetua no mando. É como no futebol, renova-se, troca-se, para que ninguém se ache dono do time e não faça panelinhas.
Com tudo que está acontecendo no Brasil acredito que os jovens precisam ser orientados a prestar atenção e, quando chegar a vez dos próprios, agirem, como diz a frase acima, republicanamente, coletivamente, respeitando o trabalho de todos e distribuindo benefícios com justiça, jamais por populismo, compra de votos ou para se perpetuarem no poder.
Que depois dessa tempestade venha uma nova leva de políticos bem-intencionados. Que se comece nos municípios. Gente nova, vida nova, ideias novas.