*Alessio Canonice é de Ibirá-SP e colabora com este jornal - alessio.canonice@bol.com.br
Sem entrar em muitos detalhes, a legislação brasileira, pelo que pudemos apurar, trata a delação como um benefício legal concedido àquele, que tenha cometido algum delito e passa a ser colaborador em matéria de entregar pessoas envolvidas em escândalo de um modo geral.
Este tipo de benefício tem ganhado destaque desde os primeiros momentos em que a Operação Lava Jato entrou em ação e permanece a todo vapor, passando a ser um tema diário na vida dos brasileiros.
Por meio da delação premiada, tendo como pioneiro Delcídio do Amaral, acendeu a tocha das investigações idêntica a essa que representa as olimpíadas contra personalidades, tanto da política como do mundo empresarial, além de atingir diretamente os poderes executivo e legislativo.
Dilma Rousseff foi afastada do cargo de presidenta da República e acompanha com sua defesa o processo que pode impedir de forma definitiva seu segundo mandato, apesar de que muita água poderá passar por baixo dessa ponte, mormente com testemunhas em prol da sua permanência no poder.
No Congresso Nacional, Eduardo Cunha, mediante comentários da imprensa, encara o processo de cassação, que também o ameaça de outras situações, além dessa, que o incrimina por ser acusado de ter dinheiro depositado em bancos suíços e que não se constitui em novidade para ninguém este tipo de denúncia.
Outros nomes como o do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, José Sarney e presidente do senado Renan Calheiros, até mesmo o presidente em exercício Michel Temer é citado na Lava Jato, outro fato que, por sinal, causa surpresa e poderá ganhar dimensão à medida em que a Operação em destaque dispara com suas medidas punitivas.
Difícil entender até onde o processo vai colher resultados e quais os efeitos que poderão produzir pela delação premiada, para que seja anunciado o veredicto final de toda esta emaranhada situação.
A delação premiada não deixa de ser uma novidade e que passou a ser conhecida tão logo foi decretada a prisão de Delcídio do Amaral, o protagonista que se especializou delatar até companheiro de parlamento, talvez, quem sabe, com o intuito de ganhar a auréola máxima, para compensar o papel que já desempenhou com este feito.
Verdade é que o Brasil terá dificuldades para se reencontrar e se concentrar em novos rumos, que determinem um progresso efetivo e que as denúncias sejam tratadas com critério e justiça, além da imparcialidade, visando novos tempos de um país que quer prosperar em defesa das suas tradições de um povo laborioso e lutador em prol do desenvolvimento da Nação.