Estamos vivendo uma eleição Presidencial disfarçada. O mandato será de dois anos e meio, contados a partir de agora. A Presidente que está licenciada quer voltar para cumprir esse tempo e o atual Presidente quer ficar. Para o país isto não é bom. O que está na cadeira não pode “cantar de galo”, pois, pode ser devolvido para seu lugar, ou seja, a Vice Presidência. Nenhuma medida de médio e longo prazo pode ser encaminhada para votação dos Deputados e Senadores, vai que alguém não gosta e a aprovação demandará muita briga e discussão. Com isso o buraco do país vai ficando cada vez mais embaixo. Os grupos que apoiam um e outro (o atual e a licenciada) estão de olho nas boquinhas e farão de tudo para manter os privilégios ou recuperá-los. Com isso quem se lasca é o povo. Alguns propõem novas eleições que, também, levarão tempo e apenas produzirão um Presidente tampão, até o fim de 2018. Pois é, a “porca entortou o rabo”, é a pura realidade. Neste momento as indefinições são astronômicas. O desemprego continua grassando, os negócios estão minguando. O articulista chega pensar que muitos não devem ser presos apenas pelos roubos ou bandalheiras que fizeram e, sim, pelo estrago que fizeram ao país. Não importa de qual partido e nem de qual turma, foram desumanos, destroçaram uma nação. A situação é revoltante, o Brasil não merecia passar por isto. Sem duvida é possível reverter o quadro, porém, é preciso que alguém esteja garantido no cargo de Presidente, com mandato definido, data e hora para ir embora. O país é forte, consegue sair desta, não de uma hora para outra e nem de um dia para outro. É preciso como diz o ditado: “colocar o trem nos trilhos”, criar respeitabilidade e falar a verdade ao povo. Também, no momento que alguém tiver certeza do prazo do mandato, deve propor uma reforma política, isto é urgente. Poucos partidos, voto distrital, proibição de reeleição e limitar a apenas dois mandatos alternados para qualquer cargo. Com o tempo haverá oxigenação e quem não der certo não volta mais e a frase do Casseta e Planeta perderia sentido, ou seja: “O Congresso é casa do povo, difícil é despejar os inquilinos”. Os resultados não serão para “velhinhos” como eu, porém, os mais jovens serão beneficiados. Chega de falcatruas, chega de coronéis, chega de quadrilhas ou grupetes. Isto é sonho? Não... É possível. Uma forma fácil de começar fazer políticos entenderem que precisam respeitar o povo é aplicar o que acontece em alguns lugares do planeta, não muitos, mas existem: vota-se no executivo de um partido e no legislativo de outro, cria-se um equilíbrio e ninguém vira reizinho. No Brasil, em muitos lugares sempre agimos ao contrário e, em certas ocasiões foi bom, porém, o bom mesmo é diversificar os poderes. Democracia é a arte do dialogo e das boas e construtivas discussões. E, como nada é para amanhã mesmo, é bom começar pelos municípios, vota-se em Prefeito de um lado e vereador de outro. Se isto acontecer até as corrupções devem diminuir e, que bom seria, sobrariam mais recursos para atender as necessidades da população. Também, ficaria desmoralizada a piada do Millor Fernandes que diz: “Brasil, país do faturo”. Pois é, meus ilustres leitores, mais uma vez escrevendo sobre assuntos do Brasil, acontece que a novela não acaba e, com isso, vamos externando nosso descontentamento e pedindo a Deus para que alguém com sentimentos humanos bata na mesa e fale grosso a favor do povo, pois, todo o resto é malandragem.