*Alessio Canonice é de Ibirá e colabora com este jornal – alessio.canonice@bol.com.br
As histórias de assaltos e roubos se repetem com meliantes de um modo geral em ambientes diferentes. Se o episódio não é pessoal com alguém próximo, o dano material não se compara à vida de um ser humano em jogo, quando se encontra em uma situação de extrema violência, portanto, a vida é mais preciosa do que quaisquer bens materiais.
A perda de uma vida e o medo de que a violência se torna intensificada, causam preocupação às autoridades, diante da sequência de roubos e assaltos praticados em nosso país. Assustam sobremaneira e alimentam clima de insegurança.
Dados de crimes violentos contra o patrimônio crescem a cada dia que se sucede, acrescentando a esta situação que, no Estado do Ceará, pelo que pudemos apurar, desde abril a população faz estatísticas baseadas em fatos de que o número aumenta. Com ele, cresce também o medo.
Enquanto o tráfico, por exemplo, pode ser considerado uma infração criminal, torna-se distante e de difícil acesso às autoridades, visando a localização dos traficantes, porque se constituem em uma organização muito forte, mas acabam caindo nas redes da polícia.
Por isso, assaltos interferem mais na sensação de insegurança de que se encontra o cidadão no momento em que é surpreendido por uma arma de fogo ou por algum instrumento equivalente, estando despreparado para uma reação, além das famílias que, da mesma forma, são ameaçados seus membros em uma possível reação ao assalto.
Geralmente, as pessoas de um modo geral, somente se sentem seguras, quando estão em suas residências, mormente à noite, onde o risco de assalto se torna com mais intensidade e a própria estatística tem demonstrado o grande número de ocorrências neste sentido.
No momento em que essas pessoas saem pelas ruas estão sujeitas a instantes imprevisíveis, sem que haja tempo de socorro, para quem está próximo delas, diante da ação rápida e eficiente do assaltante, através do cálculo e prática em realizar seu intento.
Um dos fatos da sensação de insegurança, aponta o professor de Departamento de Psicologia João Ilo Barbosa, é a influência do cotidiano, praticamente uma rotina na vida de quem está inclinado a realizar roubos e assaltos, além de outros expedientes criminosos.
O medo, afinal, faz parte da história da humanidade, já que atualmente ele se dá mais pela violência empregada, para que não haja a mínima possibilidade de a vítima se defender dos momentos inesperados e de tensão que provoca o assaltante.
O medo, por sinal, está gerando o isolamento de uma parte da população, quando se vê com dificuldade de enfrentar possíveis situações de pânico, especialmente nos centros e periferias da cidade, até que o governo em níveis federal e estadual, em sintonia com o Poder Judiciário, adotem medidas drásticas para minimizar o sério problema enfocado neste comentário.