Certa ocasião, em uma das campanhas que participei, os moradores de um bairro da cidade solicitaram que o candidato assinasse um documento sobre determinados compromissos que estava falando, depois o candidato cumpriu, lógico. Também, já vi e ouvi candidatos prometerem benefícios que após eleitos não cumpriram. Indagados, inventavam uma desculpa e saiam de fininho do assunto. Hoje, com os exemplos da Lava Jato, penso que o eleitor mais atento deve gravar os discursos e depois cobrar a fatura. Se o “artista” quiser cair fora basta mostrar a ele a gravação. Vai ser muito gozado se isto acontecer. Os antigos diziam: “Promessa é dívida” e, “O que se fala sentado tem de ser cumprido de pé”. Só de as coisas começarem serem entendidas dessa forma muitos candidatos tomarão cuidados em suas falas e promessas.
Com tudo que está acontecendo no Brasil, aqueles que faziam política num passado nem tão distante sentem-se horrorizados com a descaracterização de certos personagens. Os caras se submetem descaradamente para que seus interesses sejam preservados. Antes, o tal de líder preferia perder uma eleição, mas, como dizia o caboclo: “não baixava as calças”. Hoje, percebe-se pelo noticiário que o cifrão e os carguinhos prometidos falam mais alto. Sem dúvida, ainda existem homens públicos, de caráter, que não procedem como na frase anterior.
Uma boa parte da culpa da desmoralização de políticos passa pela atual legislação eleitoral, pelo imenso número de partidos, enfim, pela ditadura partidária. É preciso uma reforma política, é preciso a participação direta dos filiados para a escolha de candidatos.
Da forma como o sistema partidário está montado alguns se assenhoram de alguns partidos com a maior facilidade, e onde existe campanha pela TV não sobra espaço para adversários desses grupos, muitas vezes poderosos econômica e financeiramente. Com isso elegem até postes e o povo que se dane. O Brasil já está pagando caro por este tipo de comportamento.
Os candidatos ao legislativo ficam reféns desse tipo de grupos e não podem comandar suas candidaturas, e nem mesmo seus mandatos, com liberdade, se eleitos. Outros que, às vezes, já possuem mandatos, preferem cair fora para não serem submetidos. Uma verdadeira democracia, um povo livre, só consegue bem-estar e boas condições de progresso, com o exercício normal das instituições e a construção de legislação séria e igualitária através dos tempos, porém, sempre avançando.
E, ao falar de reforma política, para que a ditadura partidária não impere é importante entendermos, como cidadãos, que obedecida a atual legislação nenhum partido, principalmente a nível municipal, deve rejeitar a coligação com algum outro, seja ele qual for, pois, os interesses do município devem estar acima das sequelas estaduais ou federais. O vereador Jura, no entender do articulista, e dentro do raciocínio acima, foi feliz ao responder a Deputado de seu partido que estaria apoiando alguém aqui em Votuporanga e, com isso, percebe-se que, no entendimento dele e seus companheiros, acima das sequelas federais de seu partido estão os interesses de nossa cidade. É esta liberdade partidária que devemos pregar e apoiar, cada cidade cuida de seus interesses.
E, o meu amiguinho Pedrinho Marcolino, filho da Mari, já campeão estadual e brasileiro de jiu-jitsu, com apenas 14 anos de idade, conquistou o terceiro lugar no mundial, em sua categoria. Como conheço a luta diária pela vida, tanto dele como da mãe, admiro-os e fico feliz pela conquista que tiveram. Alguém de Votuporanga deve treiná-lo muito bem e todos merecem os parabéns.