O tempo vai passando e as pessoas vão ficando impacientes com os rumos do pais. Alguns até criticam o Presidente em exercício porque não toma atitudes rápidas para recompor o pais. Esquecem, esses, que se o Sr. Temer for com sede ao pote, que o mesmo pode melindrar algum Senador e perder seu voto na decisão final do impeachment. O atual Presidente tem de ficar pisando em ovos, situação muito complicada para ele e, pior, para o Brasil. Mas, o jogo é esse, é dessa forma que nosso sistema político está montado e temos de ter paciência. Pior seria se vivêssemos em uma ditadura tresloucada.
Enquanto isso a justiça vai caçando alguns camaradas que tiraram proveito do suor do povo por décadas. Agora que os “caras” estavam se achando, viajando de jato por todos os cantos, comendo do bom e do melhor, navegando em seus iates, se deliciando com um monte de benesses e acompanhados de uma penca de serviçais e puxa sacos, vem uma turminha corajosa de Policiais, Procuradores e Juízes e os colocam na cadeia, lugar onde até latrinas precisam lavar. Como dizia o caboclo: “Acabou-se o que era doce.”. E, pensa, o articulista, ressalvados alguns exageros ou erros dos justiciadores, bem feito que fiquem presos mesmo. Esta é única forma de se homenagear a população decente e trabalhadora, malandros na cadeia, gente de bem vivendo livremente.
Alguns países precisaram passar por situações dramáticas, guerras e fome, para tomar alguns cuidados ao escolher seus políticos e definir suas Leis. Talvez o Brasil esteja vivendo momentos importantes, sem maiores dores, para que aqui iniciemos uma nova etapa de escolha de nossos homens e mulheres públicos. O foro privilegiado precisa ser repensado, sanções rápidas precisam existir para coibir abusos, sejam eles originários de corrupção ou mesmo formação de panelinhas privilegiadas dos governos instalados. Precisamos de um pais limpo, com políticos de ficha limpa mesmo. E, como li dia desses: “O bom não é apenas o político pensar nas próximas eleições, precisa pensar e trabalhar para as próximas gerações”. Sempre é tempo para começar, pois, se assim tivesse sido em nosso passado a situação do pais seria outra.
E, agora vem as eleições municipais. Independente dos candidatos ao Executivo prestemos mais atenção nos candidatos ao Legislativo. O que acontece hoje no Brasil demonstra muito bem que o Legislativo é muito importante. O Legislador precisa estar no seu cargo por total convicção de servir, de ser útil à sua comunidade. Aquele que pretende se eleger para ganhar um salarinho deve, isto sim, colocar um currículo nas mãos e sair por aí solicitando emprego, igualzinho fazem hoje milhões de pais e mães de família, jovens e até idosos. O Legislador não pode ser eleito se não for um cara independente, com personalidade formada e merecedor do respeito da comunidade. O equilíbrio de poderes é fundamental para que os resultados administrativos contemplem a maioria da comunidade. Também, cabe ao eleitor, ao ser assediado por algum candidato, recebê-lo com respeito, jamais soltar uma profusão de críticas e impropérios. Se o eleitor não se simpatizar com o candidato é simples, deixa de votar.
A luta de um candidato ao Legislativo é muito difícil e, às vezes, desigual. Excelentes candidatos muitas vezes não conseguem dinheiro suficiente para suas campanhas, o que já é uma complicação. Outros, muitas vezes, cheios de entusiasmo, se defrontam com alguns pertencentes a grupos corporativistas, o que não deixa de ser uma desvantagem substancial. Em uma cidade como a nossa é bem possível que apareçam centenas de candidatos e, devemos, no mínimo, respeitá-los e incentivá-los, pois, afinal, estão exercendo a democracia. Ao final que os melhores sejam eleitos e ajudem a comunidade.