*Alessio Canonice é de Ibirá e colabora com este jornal – alessio.canonice@bol.com.br
Não se constitui em surpresa para todos que têm acesso à mídia o fato de que o desemprego no Brasil mostra que a crise econômica ainda é grave e que vem se arrastando desde há muito, sem que hajam alternativas suficientes para contornar o problema enfocado.
Não se tem, entretanto, uma previsão de tempo necessário, especialmente no que tange à normalização das contas públicas, porque sérias providências deverão ser adotadas, conforme pronunciamento recentemente do próprio ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
De acordo com dados estatísticos, há quinze meses o número de demissões supera o número de vagas de trabalho criadas ao longo dos anos, o que vem demonstrar a triste situação das pessoas à procura de um lugarzinho ao Sol em matéria de conquistar seu emprego.
Em termos de resultados semestrais, de acordo com o Ministério do Trabalho, o período de janeiro a junho de 2.016 é o pior desde o início de levantamento histórico em 2.002.
No último mês de junho, o número de demissões superou o de contratações em mais de 91.000 vagas, portanto, o avanço do desemprego entre os trabalhadores, resultado da crise, traz consequências negativas para a movimentação da indústria, do comércio e do setor de serviços de um modo geral.
Sem poder de compra, porque este impasse também se arrasta há vários anos, as famílias afetadas pelo desemprego se veem em uma situação difícil no dia a dia em que vivem, notadamente com a demissão do chefe dessas famílias, que se alastra por todo o país.
Para ilustrar mais ainda este panorama, nos últimos 12 meses um levantamento aponta que os planos de saúde perderam mais de 1,6 milhão de usuários, à vista do grande número de demissões, que se consolida a cada dia que se sucede.
Acrescente-se nesta oportunidade, que em 12 meses mais de 1.700.000 trabalhadores foram dispensados de seus empregos e, nessas condições, praticamente se tornaram difíceis outras opções de trabalho, porque o mercado neste sentido está sobrecarregado de profissionais e, além deste detalhe, está sujeita a dispensa de uma parte deles.
Aí vem a queda de vendas sofridas pelo comércio, o que vem caracterizar claramente o cansaço na economia e que indica mudanças radicais o mais urgente possível.
Há os que afirmam, que levarão 10 anos para a normalização política e administrativa do país, fazendo com que novos rumos levem o Brasil a trilhar novos caminhos de progresso efetivo, fazendo com que este problema do desemprego seja reduzido para a felicidade geral da Nação.