Desde a terça-feira,16, candidatos a prefeito e vereador estão fazendo propaganda e participando comícios visando uma das eleições municipais mais interessantes dos últimos 30 anos.
A campanha no rádio e na TV começa no dia 26, quando a TV Bandeirantes realizará o primeiro debate entre os candidatos das principais cidades do país.
Dois pontos devem se destacado. O mais relevante é que as ruas aprenderam o influenciar o destino da política desde 2013, a ponto de se transformarem no motor da destituição da presidente afastada Dilma Rousseff. Tal fato não pode ser esquecido.
Outro fato relevante é a ausência das doações empresariais. Tal fato dará imensa relevância para o uso dos fundos partidários e vantagem para os candidatos que são ricos ou são apoiados por corporações e grupos organizados.
Levantamento realizado pela Arko Advice nas sete maiores capitais do país aponta que PMDB e PSDB largam em vantagem. O partido do presidente interino tem chances de vitória em São Paulo e no Rio de Janeiro, além de ser o favorito em Porto Alegre. Partidos que possuem muitos recursos.
No caso do PSDB de São Paulo, um candidato pessoalmente muito rico que se dispõe a bancar sua campanha. O PSDB lidera em Belo Horizonte Recife é outra capital onde, apesar do favoritismo do PSB, os tucanos podem surpreender.
O DEM larga em primeiro lugar em Salvador e o PDT em Fortaleza. O PT deve ser derrotado em todas as sete maiores cidades do país, com chances de chegar ao segundo turno somente em Recife.
Caso a vantagem do PMDB e do PSDB se confirme nas urnas em outubro, os dois partidos largarão em vantagem para a corrida presidencial de 2018. No entanto, devemos acompanhar com atenção os dois candidatos do PRB, Crivella (Rio) e Russomano (SP), ambos também podem captar os votos anti-PT.
Os prognósticos mais moderados antecipam um pleito recortado pelos seguintes sinais particulares: jovens lideranças, capazes de semear novas utopias e entregar serviços públicos de qualidade, deverão substituir os políticos tradicionais; a Operação Lava-Jato credencia-se como um dos mais poderosos eleitores de 2016. A distância de seu alcance equivalerá a um certificado de probidade.
Pior será a falta de recursos, após a proibição de doações corporativas, obrigará todo tipo de aliança para baratear custos. E o PT acabará punido com uma das mais modestas votações de sua história de 35 anos, enquanto Lula corre o risco de retornar ao patamar de votos do PT, em torno de 25%, o representaria o fim do lulismo, atropelado pelo jeito petróleo de fazer política.