Nosso pais vive momentos interessantes, existe até suspense. O lado policialesco está tomando conta do palco. O pais está mesmo é precisando de decisões que o façam funcionar. A economia, está em frangalhos, a população não sabe o que fazer, mesmo porque as perspectivas não são nada boas. A preocupação dos grandes meios de comunicação é de divulgar quem foi ou deixou de ser preso, pois, com isso, ganham audiência. Essa segunda década desse século está indo pro buraco, que pena!
Em virtude dessa situação comentada aí em cima as campanhas municipais estão mornas, mais frias do que mornas. Que situação intrigante essa, logo nos municípios onde as campanhas precisam ser vibrantes, onde a população precisa estar engajada e atenta para as candidaturas percebe-se uma apatia muito grande. Não devia ser assim, afinal os municípios são a base da nação.
Também, sem dúvida, precisamos, desde já, ficar com pena dos próximos Prefeitos, vão administrar a escassez, o dinheiro, tudo indica, vai ser curto e de nada adianta ser do partido do Governador ou do Presidente, pois, eles, também, deverão estar com os cofres bem vazios. Vai ser igualzinho aquela velha história: “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Queira Deus que a situação melhore e os eleitos possam administrar com mais folga.
A nossa Votuporanga, com seus quase 80 anos, já enfrentou, em outras épocas, situações nacionais adversas e com o esforço de sua população, com harmonia e compreensão foi se desenvolvendo e mantendo bases sólidas para aproveitar os bons momentos do Brasil. Torcer para que a harmonia e o respeito sejam mantidos é um paliativo muito bom para esses momentos nacionais, se houver cisão do esforço geral a cidade e sua população poderão pagar muito caro já num futuro próximo.
Ao lembrar de campanhas políticas vibrantes, alguns nomes surgem em minha memória, de pessoas que participaram ativamente de nossa vida política e comunitária e que, infelizmente, não estão mais por aqui. Anoto apenas aqueles que consigo lembrar nesse momento que escrevo, sem pesquisar ou mesmo privilegiar nenhum: Onofre de Paula, Alzimiro Brantis, Capitão Almeida, Viana Filho, Cristovam de Haro, Prefeito Nabuco, Luiz de Haro, Aureo Ferreira, Otaviano Nogueira, João Leite, Costinha, Azis José Abdo (pai e filho), Donato Laridondo, Gabriel Jabur, Dr. Roberto Lima Campos, Joaquim Lucio da Silva, Andrezinho da Prefeitura e tantos outros. Essas personalidades sabiam fazer o povo se engajar, tanto em campanhas políticas como em campanhas para o benefício da cidade. Lembrem-se, estou comentando apenas sobre alguns que me lembro da política, não estou comentando sobre cidadãos e cidadãs formidáveis que se envolveram em movimentos comunitários.
Penso que depois que a foi introduzida a campanha pela TV, aqui na cidade, ficou muito difícil fazer aqueles comícios com centenas e até milhares de pessoas. Lembro das concentrações na Vila América, na Santa Luzia, na São Bento, na Estação, São João, nas Paineiras e Vila Paes e, também, uma que era tradicional lá na venda do Dante na Vila Marin. Os oradores soltavam o verbo, o povo aplaudia o que prestava das falas e tolerava com educação as conversas moles. Com isso, na mistura e envolvimento da população assistente, criou-se uma tolerância entre pessoas que apoiavam candidatos diferentes. A educação política de nossa cidade sempre foi sua grande força e o motor principal de seu desenvolvimento.
Vá ver as concentrações políticas de qualquer candidato, participe e ajude a cidade. Vá logo, está no fim. Os artigos, também, faltam só quatro.