*Alessio Canonice é de Ibirá e colabora com este jornal – alessio.canonice@bol.com.br
Com o fim do processo de impeachment, o desafio do novo governo, pelo menos é o que se espera, é melhorar o ambiente de negócios, resgatando a credibilidade e os atrativos da economia em crise e que se alastra desde há algum tempo.
Com medidas que venham ao encontro das necessidades indispensáveis e inadiáveis é bem possível que possam atrair investidores tanto do Brasil como do exterior, fazendo com que novos tempos surjam para a recuperação dos momentos difíceis que assolam o país de norte a sul.
De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, o novo governo pode abrir perspectivas para o ajuste econômico, pois não terá nenhum compromisso político e muito menos receio, já que teve o respaldo íntegro do Congresso Nacional para levar avante o destino do país.
Estará isento de pressões à vista das medidas, porém, muitas vezes, poderão se tornar impopulares, mas que poderão ser benéficas, para que tanto Brasília como a própria Nação possam respirar e aspirar novos ares de progresso em todos os ângulos da vida pública.
Não poderíamos deixar de acrescentar neste comentário o fato de que o presidente Temer esteve no Congresso Nacional antes do resultado da saída definitiva de Dilma Rousseff, para entregar pessoalmente a nova proposta de meta fiscal para 2.016, que prevê um deficit de R$ 170 bilhões para o governo do poder central.
A proposta de nova meta fiscal foi apresentada no dia 20 de agosto p.p. pelos ministros da Fazenda Henrique Meirelles e do Planejamento Romeiro Jucá, em entrevista coletiva à imprensa.
Meirelles assegura que a previsão foi feita de maneira transparente e realista, com critérios rigorosos mais próximos possíveis dos utilizados pelo mercado e pelos analistas do governo Federal.
Essa é uma meta que julgamos ser bastante realista, clara e que venha ao encontro das prioridades essenciais, afirmou o ministro. É certo que o ministro da Fazenda é merecedor de um respeito pela sua capacidade intelectual, no sentido de fazer com que o Brasil passe a trilhar novos caminhos de desenvolvimento em todos os setores da economia.
Entendemos que o novo governo possa inspirar a confiança de todos brasileiros, da mesma forma que inspirou esta confiança do Congresso Nacional com a saída da ex-presidenta e com a posse de Michel Temer, embora tenha ocorrido com alguns atalhos, que o levaram a presidência da República.
A perspectiva de um novo Brasil é grande, porém, desde que as medidas a serem adotadas sejam colocadas em prática o mais urgente possível, a fim de que novos tempos marquem a retomada da economia e a normalização das contas públicas, para que haja um equilíbrio entre os dois pratos da balança.
No que tange ao desemprego, é de se esperar que o índice de 12% seja reduzido mesmo paulatinamente, porque irá demandar uma política plausível neste sentido.