Estou iniciando uma nova etapa. Depois de escrever 600 artigos, primeiro aos sábados e depois aos domingos, passo escrever às sextas-feiras. É possível até que eu seja lido por novas pessoas que possuam habito de leitura em dias diferentes. Vou escrever até quando o jornal me tolerar e eu tenha disposição para tal.
Sempre lembrei em meus artigos a famosa frase do Lincoln: “Ninguém engana a todos por todo o tempo”. Uma frase verdadeira para tempos interessantes. Muito do que tem acontecido demonstra o quanto esse ex-presidente americano já havia constatado da própria vida dos homens. Tem muito “caboclinho” atrás das grades, ou pendurado em processos judiciais, que achava estar acima de tudo e que ninguém descobriria suas falcatruas. Também, agora, percebe-se, que em alguns municípios Brasil afora, alguns já estão sofrendo e tendo de se explicar por atos praticados enquanto constituídos em cargos. O próprio eleitor, em alguns lugares, nas últimas eleições, já defenestrou alguns camaradas que, mesmo levando tudo na tal de legalidade, protegeram os “amiguinhos”, o povo percebeu e deu o troco
O que o nosso pais precisa mesmo é uma reforma política séria. Mesmo não concordando totalmente com Eça de Queiroz, autor da frase seguinte, penso que o mesmo mais acerta do que erra, disse ele: “Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo”. Muito pesada, pois, existem bons homens públicos que não merecem ouvir isto.
Agora, vejam só caros leitores, o Congresso Nacional está tentando votar uma Reforma Política e, sem dúvida, dificilmente sairá daí alguma coisa importante para mudança dos maus costumes e democratização dos partidos. Isso mesmo, democratização dos partidos, pois, vivemos uma Ditadura Partidária, só não entende quem não quer. Quem manda são os donos dos Partidos, brasileiro só sai candidato a algum cargo se a turma de caciques permitir.
Querem inventar uma tal de lista, onde os “bacanas” serão sempre os primeiros da lista; querem sufocar os partidos menores para os maiores ficarem com mais tutu; criam problemas para financiamento de campanhas porque os “coronéis” sempre vão encontrar uma saída. Tudo isso provoca a manutenção dos profissionais nos seus cargos. É preciso haver reciclagem, é preciso criar oportunidades para que novas cabeças possam assumir protagonismos, ninguém deveria usar o mesmo cargo mais de duas vezes.
Da forma como tudo está montado atualmente, os executivos, principalmente, não possuem tanta liberdade para nomear como assessores pessoas realmente competentes, pois, precisam ficar se acertando com os “chefões”. E, tem mais, se algum cidadão foi eleito para o legislativo, pediu votos para isso, que assume esse mandato e jamais seja obrigado pelo partido a assumir cargos na administração para acertar posições de interesses dos tais “chefões”.
O Brasil precisa olhar e se preparar para o futuro sem esquecer as necessidades do presente. Todos os mais novos, que estarão por aqui nos próximos anos e décadas, precisam ter certeza de viverem num pais justo, equitativo e que ofereça oportunidades interessantes para todos. Carlos Lacerda já dizia: “ O futuro não é o que tememos, é o que ousamos”.
Uma reforma política é necessária, também, para que piadas e frases como as seguintes não se perpetuem, dizia Millor Fernandes: “Brasil, pais do faturo” e a outra do Casseta e Planeta: “ O Congresso é acasa do povo. Difícil é despejar os atuais inquilinos”. Que me desculpem pelo plagio, porém, reforma política séria já e abaixo a Ditadura Partidária.