Realmente o momento que o Brasil passa é muito difícil, o resultado das eleições demonstrou claramente que a população estáatônita. Do sábado para o domingo muitos castelos caíram, Brasil afora. A própria falta de comparecimento é uma demonstração da insatisfação popular.
O novo governo da nação precisa imprimir medidas rápidas que possam trazer confiança para o ambiente de negócios. O Governador Alckmin, em entrevista nesta semana, foi feliz ao pontuar que, antes mesmo de medidas apenas contenciosas, são necessárias mudanças na legislação para que a obrigatoriedade de despesas não desmoralize as economias possíveis. Complicado, porém, nem tanto se o Congresso Nacional tiver “peito” para votar as reformas necessárias.
Uma delas, que entendo ser uma das primeiras seria a reforma político-partidária. É preciso acabar com a Ditadura Partidária estabelecida no pais. Vejam o que diz este trecho que encontrei por aí: “A maioria dos partidos estárefém do comando estadual ou nacional. Os diretórios estaduais e nacional estão exercendo uma ditadura partidária com mão de ferro, embora tenham um bonito discurso defendendo a democracia, praticam um opressivo comando autoritário”. Qualquer um que já passou por problemas partidários sabe que o lançamento de candidatos a nível municipal precisa ter o aval dos caciques. O eleitor vota apenas naqueles que os caciques determinam, os filiados geralmente não conseguem palpitar sobre candidaturas. Com isso, os resultados das eleições foram, sem dúvida, surpreendentes, Brasil afora. Um jovem, ou alguém que queira participar de eleições, só vai conseguir se tiver o apadrinhamento dos “chefões” estaduais o federais. A Reforma Política precisa ser encarada com seriedade ou, cada vez mais, a população vai ficar desmotivada e, sempre dominada por meia dúzia. O próprio Presidente da República está sentindo na pele o quanto é difícil fazer passar propostas interessantes para o pais sem o aval dos “donos de partidos”. Portanto abaixo a Ditadura Partidária e apoiemos uma Reforma Política para que isso aconteça.
Em meio a todas as preocupações com o pais, devemos, também, entender que o momento é para se usar a sensatez. Desejar aos eleitos, do Executivo e do Legislativo, que tenham sucesso em seus trabalhos. Lembrar que os vereadores que não conseguiram um novo mandato se esforçaram pela comunidade e dar as boas-vindas aos novos. Democracia é isso aí, uns saem outros entram e bola pra frente.
Gosto muito da Santa Casa, é o lugar que atende as famílias em seus momentos de ansiedade e, também, por isso mesmo, sei valorizar o trabalho de todos os funcionários dali. Merecem o nosso respeito, pois, afinal, trabalham em um lugar onde na maioria das vezes se deparam com a dor das pessoas. O Vereador Emerson usou uma expressão infeliz e deixou os funcionários do Hospital muito tristes. Fui conversar com o Emerson, moço ainda de apenas 31 anos, ele entendeu que a expressão foi forte e me disse que jamais pensou em ofender os funcionários do Hospital.Fiquei feliz por perceber que o Emerson teve a humildade de reconhecer a falha na expressão. Que ele possa, ao exercer seu mandato, ajudar o Hospital.
Por outro lado, o tal de aviso prévio que eu havia dado ao jornal tornou-se sem efeito. O Fabinho convenceu-me a continuar mais um pouco. Já já completo mais um número interessante de artigos, depois, sei lá, vamos caminhar mais um pouco, vamos lutar mesmo modestamente por uma Reforma Política.
E parabéns aos eleitos de toda a região. Que façam o povo ficar feliz.