Dia desses,observando este matutino semanário, observei uma ‘polêmica’ interessante entre cidadãos sobre o complicado tema de festa de peão, de vaquejada ou coisa parecida. Uma das partes que polemizava queria impedir que isso continuasse existindo, com certeza razões teria para isso. A outra parte defendia a continuidade da ‘festa’, possivelmente teria também seus argumentos. Eu não quero e nem pretendo entrar no mérito da questão, apenas gostaria de colocar em evidência o ponto de vista de justiça e injustiça, de moralidade e imoralidade, de humanidade e desumanidade! Este jornal tem mostrado aos seus inúmeros leitores,constantemente, os maus tratos feitos por pessoas empequenos animais, sejam eles das mais variadas espécies: gato, cachorro ou até mesmo pássaros.
Pesquisando o assunto observei que normalmente as pessoas que praticam essas atrocidades são criaturas que não possuem temperamento emocional equilibrado e nem uma cultura cristã lhes foi assimilada. Observandoo assunto do mau trato me deparei com uma foto de um bezerro (pequeno garrote) laçado pelo pescoço levando um tranco, a ponto de lhe quebrar a coluna. Na foto ele aparece com o laço bem apertado na garganta dando-nos a impressão de um grave sufocamento a ponto de roubar-lhe a vida por inteiro. O sofrimento do animal, imagino eu, devia ser insuportável. Muitos defendem que esse ‘jogo’ faz parte da cultura do povo. “Cultura” não é justificativa razoável para crueldade (quem diz é o Supremo Tribunal Federal), e vaquejada, constitui sim, maus tratos e que diz isso é o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). Os favoráveis e apoiadores da ‘crueldade’ vão ficando em situações delicadas. Em ‘papos de aranha’ como diria o pessoal mais antigo.
Eu, particularmente, gostaria de perguntar: por que as entidades protetoras dos animais não se preocupam com essas atrocidades? Por que dá emprego? Porque gado vacum ou cavalar não são animais que dormem dentro de casa? O leitor já percebeu os urros que os bois dão nos rodeios quando as esporas lhes são cravadas em suas paletas? Quando os choques elétricos lhes são dados para se acomodarem dentro dos cubículos onde ficam antes de serem montados? Ou será por que gera renda para muitos? Não seria preferível que arrumassem uma fonte alternativa de renda digna que não envolvesse a exploração e tortura de vulneráveis?Ainda fazendo leitura de outro texto sobre o assunto constatei o seguinte: “De acordo com o Capitão Augusto - Deputado Federal, os animais de rodeios são “bem tratados” e pulam por um suposto “instinto”.Infeliz o deputado, o problema é que sua alegação não possui nenhum respaldo de realidade, do contrário, seu argumento é pífio e nada convence. É de conhecimento dos praticantes de rodeio a crueldade a que os animais são submetidos, desde choques, socos, chutes, pontapés, úlceras, hemorragias, distenções, fraturas, luxações, inflamações, etc.
Ainda na interpretação do texto: “O que mais choca não é apenas a completa desonestidade intelectual dos apoiadores de rodeios, vaquejadas e afins, mas também aqueles profissionais que se vendem e cospem na ética ao endossar um “bom tratamento” completamente falso em tais atividades, que só vale porque não são eles a vítima explorada.Tudo isso é abominável, detestável. Bem, escrevi o texto apenas para reflexão. Não pretendi e nem pretendo entrar no mérito da questão que foi colocada em discussão no jornal. Cada um analisa da forma que achar conveniente, mas que todos tenham bom senso na interpretação do tema e que se respeitem mutuamente, mesmo porque o jornal deixou claro que esse assunto deve voltar a ser discutido posteriormente.