O presidente eleito do EUA andou dando”pitacadas” em alguns órgãos de imprensa daquele país. Acredita ter suas razões, porém, mesmo assim, é sempre bom lembrar que uma boa democracia precisa ter imprensa livre. Às vezes algum noticiário faz igual câmbio mecânico de automóvel: escapa a marcha, emite opiniões que não agrada a todos e outras “cositas” mais. É preciso tolerar, afinal, sem dúvida, na maioria das vezes nos trazem informações importantes. Numa democracia que se preza, a imprensa precisa ser livre e, também, responsável. Manter um jornal diário, principalmente, em cidades do interior deve ser uma tarefa árdua. Votuporanga, com seus dois diários, pode se considerar uma cidade privilegiada e, parece, terá um terceiro.
Mas, deixemos o Mr. Trump para lá, cuidando do seu país e pensemos no nosso, afinal é por aqui que vivemos. Essa semana a imprensa pegou no pé do tal de Geddel e parece que o homem abusou de privilégios, sei lá. Acontece que coisas assim acontecem no país todo e precisam parar de existir. Os “vestais” desde municípios até os federais precisam entender que ficar privilegiando os amiguinhos não faz parte da igualdade. A Lei tem de servir para todos, em todos os níveis, é preciso que se entenda que roubar ou se aproveitar de recursos alheios, seja um centavo ou um milhão, o cara está cometendo um crime. E, tem mais, hoje já existe um entendimento mais acentuado que se o camarada tirar proveito de funções públicas e, sem dúvida, recursos, merece ser condenado a muitos anos de cadeia, sem dó e nem piedade. A população em geral, em sua maioria, trabalhadecentemente, nos mais variados ramos de atividade e não pode ter o resultado desse esforço desviado para o bolso de safados. Alguns figurões aproveitam-se dos seus cargos e mandatos públicos, constroem mansões, viajam de jatinho a toda hora, usam dinheiro barato de programas de governo, enchem suas “burras”, fazem excursões milionárias e se esquecem que em algum momento poderão ser pegos. Aí fica valendo aquela verdade que dizem por aí: “mais vale ser pobre solto do que rico e na cadeia”. Nenhum brasileiro, dessas gerações que estão vivendo agora, deve ficar com pena de qualquer malandro que se aproveitou de recursos públicos. O nosso país está vivendo momentos dramáticos exatamente porque muitos “figurões”, nem todos, fizeram bobagens em cima de bobagens para manterem seus carguinhos e privilégios. Que durmam muitas noites na cadeia, que sejam desmoralizados em praça pública, pois procuraram e acharam a própria desgraça. Que todos os outros que vierem no futuro, desde municípios até o governo federal, aprendam que o maior valor de seus mandatos será sempre o de respeitar a população e o patrimônio da nação.
Dificilmente nosso país vai sair da enrascada que está sem o sacrifício geral e, possivelmente, isto pode levar um bom tempo. Que as lições sirvam para o futuro, que já pode ser amanhã mesmo. Que os atuais legisladores do país entendam que já passa da hora de haver uma reforma política, e que os deputados sejam eleitos com seus próprios votos, jamais dependendo de coeficientes e matemática. Penso que o voto direto provoca mais responsabilidade, pois, se o cara não der conta do recado, ou “pisar na bola”, na próxima vez o eleitor vai devolvê-lo para sua origem.
E, parece, também, que algumas delações vão lotar presídios. Bem feito, afinal a crueldade do desemprego e da “paradeira” comercial precisam ser vingadas com rigor.
E, para descontrair um pouco, vamos aguardar e ver se o Palmeiras consegue dar conta do recado já no próximo domingo. Se alguém duvida, a Praça São Bento vai lotar, tem palmeirense de monte por aí. Se acontecer, que venha o foguetório. Se não acontecer, fica para outra vez. Sabe-se lá quando! Que aconteça já!