*AlessioCanonice é de Ibirá e colabora com este jornal – alessio.canonice@bol.com.br
É de se fazer alusão aos dias difíceis vividos pelo brasileiro, exceção àqueles que possuem uma vida estável e sólida, sem se preocuparem com a crise econômica do momento, que se alastra por todo o território Nacional e da oscilação de preços, que se verifica em certos estabelecimentos comerciais, tem sido um dos problemas, que contribuem para a própria crise.
A queda do poder de compra, principalmente da classe de baixa renda sofre as consequências de uma inflação, que aos poucos vai corroendo o bolso do trabalhador e das diferentes categorias profissionais, sem que haja uma disciplina nos preços de um modo geral, somam-se a outras situações que comprometem seriamente o orçamento dos assalariados.
O governo em nível Federal não possui meios de combater os abusos de preços e que correspondem com toda a sua eficácia crime contra a economia popular, portanto, a crise econômica jamais terá um fim porque os grupos econômicos dominam da forma com que bem entendem, pois são mais fortes que o governo, estando neste contexto o próprio Banco Central do Brasil.
Como se não bastasse este fenômeno dominador da crise, a luta por um emprego se torna acirrada como meio de sobrevivência, salvo os trabalhadores autônomos. É como enfrentar os desafios que se apresentam, mormente com o fechamento de postos de trabalho e de empresas por não suportarem a continuidade de suas atividades, à vista de uma política desfavorável e o culpado por esta emaranhada situação é o próprio governo.
Além do desemprego, cujo índice permanece no mesmo patamar em que se encontra e que se arrasta mesmo antes do governo Dilma Rousseff, há de se acrescentar alguns aspectos que assustam a todos nós, quando o cidadão recorre a empréstimos com uma taxa de 325% ao ano e que se refere ao cheque especial.
O próprio Banco Central anunciou há pouco tempo esse percentual com uma elevação de 3,8 pontos entre agosto e setembro do corrente, portanto, quem se utiliza desse recurso deve fazer uma reflexão sobre as vantagens de recorrer ao uso do cheque especial, já que as instituições financeiras estabelecem esses encargos e fica a critério do cliente o uso desse recurso.
Outro fator, que não poderíamos deixar de fazer alusão é o uso de cartões de crédito, no momento em que o usuário resolve optar pelo pagamento mínimo das faturas. É um bom negócio, porém, para o agente financeiro, porque os encargos são maiores e se apresentam de uma forma assustadora.
Em assim sendo, referida taxa dos cartões de crédito é da ordem de 480% ao ano, sem que haja alguma interferência, para disciplinar o alto custo dessa modalidade de crédito, nem mesmo o Banco Central teria autoridade para regulamentar o custo dos encargos desses cartões, porque os grupos econômicos e os agentes financeiros são mais fortes.
À vista do que narramos até aqui, somente existe uma opção favorável, que é o empréstimo consignado garantido pelo INSS, mas que se destina somente aos aposentados e pensionistas, porém, mesmo assim, compromete o orçamento desse aposentado, que recorre a esse empréstimo, porque as despesas são as mesmas e o rendimento sofre uma redução com as parcelas deduzidas do benefício.
Há de se esperar novos tempos em que haja um equilíbrio satisfatório entre receita e despesa de cada cidadão brasileiro, mormente aqueles que fazem parte da classe de baixa renda.