César Urbinié graduado em Administração de empresas pela USP, pós-graduado em Mercados Financeiros pela Saint Paul e Sócio-fundador da FlowInvestimentos
Investidor, devido
ao grande número de questionamentos sobre o assunto, usarei nosso espaço de
hoje para falar sobre Títulos Públicos. Ativo que vem ganhando popularidade
graças ao fácil acesso, baixo risco e retorno muito melhor do que a poupança,
não é de hoje que vem despertando a curiosidade daqueles que começam a assumir
o controle de suas finanças. E, apesar da simplicidade, sua aplicação prática
realmente não é trivial, portanto é importante entender por que existe e como
funciona.
Peço licença
poética para omitir detalhes sobre a dívida pública dos governos, já que minha
intenção é que você termine de ler esse texto.O fato relevante é saber que
nosso governo central precisa se financiar, ou seja, tomar dinheiro emprestado
da população. Assim, investir em Títulos Públicos nada mais é do que emprestar
seu dinheiro ao governo federal e receber uma taxa de juros por isso.
A única
tarefa que você tem é definir exatamente as características do retorno que
estamos falando. A saber, existem três grupos de Títulos Públicos: 1) os
pós-fixados (Tesouro Selic) onde sua remuneração será atrelada à Selic, ou
seja, se a Selic sobe, o retorno sobe; se cai, o retorno vai junto; 2) os
pré-fixados (Tesouro Prefixado) terão a mesma taxa por todo o período que você
estiver com ele; e 3) os indexados à inflação (Tesouro IPCA) pagarão ao
investidor uma taxa fixa mais a variação do índice oficial de inflação.
Até aqui
acredito que não tenha apresentado nada de muito novo. Resumindo, sabemos então
que os Títulos Públicos possuem risco extremamente baixo, pois o emissor é o
próprio governo, e que a remuneração será uma das três explicadas. Fácil, não?Como
tudo quando tratamos de investimentos, a questão não é tanto onde, e sim quando.
Quando optar por cada um deles e qual o momento certo?
Reforçando
quando digo que os investimentos que você escolhe dizem muito mais a seu
respeito do que às minhas sugestões, a opção pelo melhor esquema de remuneração
dependerá de seus objetivos, dividindo-os entre curto, médio e longo prazo. Se
estivermos falando de pequenos investimentos a serem utilizados em poucos
meses, o mais indicado ainda é o Tesouro Selic. Acima disso, deverá aproveitar
os ativos pré-fixados e indexados.
Agora, tenha
em mente o seguinte: investir em Títulos Públicos é a coisa mais básica que
alguém pode fazer, é a porta de entrada para o mercado. Um planejamento
financeiro superior contempla estratégias que se beneficiam dos diferentes
prazos, características e valores de mercado, dos mais diversos produtos.
Chegaremos lá.