César Urbini é graduado em Administração de empresas pela USP, pós-graduado em Mercados Financeiros pela Saint Paul e Sócio-fundador da FlowInvestimentos
Assunto da
moda, a reforma da Previdência não só se propõe a conferir sustentabilidade ao
sistema de financiamento das aposentadorias e pensões; tem também outro efeito
social muito importante. Ao mexer com expectativas e planos dos brasileiros,
conscientiza de que há um problema a ser resolvido, levando-nos à otimização de
investimentos. E quanto antes começarmos, melhor.
Nas próximas
três semanas, pretendo elencar as melhores práticas para garantir uma
aposentadoria financeiramente tranquila, onde sua única preocupação futura será
passar apenas o carnaval em Miami ou aproveitar e emendar o restinho de ano lá.
Não é minha intenção, porém, indicar qual melhor tipo de investimento para isso.
Essa é uma decisão individual que só pode ser tomada de acordo com sua
realidade e projetos. Portando, uma conversa detalhada é necessária. Fique a
vontade para entrar em contato e discutirmos isso.
Um aviso
antes de passarmos à prática: essa não é uma tarefa fácil. Por favor, aqueles
fracos de espírito parem de ler agora. Qualquer que seja o caminho escolhido
sempre envolverá ou a disciplina de contribuições (abdicando de consumo
presente) ou a queda do padrão de vida na aposentadoria. Ao reduzir sua
participação por meio da reforma em pauta, o Estado transfere para os
indivíduos uma parcela maior de responsabilidade pelo futuro e isso é algo que
a grande maioria das pessoas não está preparada, principalmente pela falta de
conhecimento sobre planejamento financeiro.
Primeiro
passo: controlar o orçamento.
È a etapa mais fundamental de todo o processo, já que não haverá patrimônio
para o futuro se sequer existem recursos para o curto prazo. Tornar as receitas
maiores que as despesas é o básico para pensar em aposentadoria segura. Afinal
de contas, como você quer conquistar a saúde financeira na terceira idade sem
nem saber para onde seu dinheiro está indo. Austeridade orçamentária é a regra.
Resolva isso agora.
Segundo
passo: não deixar para depois.
Tema de nossa coluna há duas semanas (Saia do automático – 01/fevereiro), o
custo de protelar decisão sobre investimentos para a aposentadoria pode ser
ainda mais alto. Correndo o risco de me tornar repetitivo, não posso enfatizar
o suficiente a importância de começar agora mesmo a mudança que você quer ver,
já que nunca é tarde demais para recuperar o tempo perdido e contar com
recursos financeiros suficientes no futuro. O inquestionável é que aqueles que
deixam para depois acabam tendo que fazer um esforço maior.
Para ter uma
ideia, considerando uma rentabilidade anual de 7%, um indivíduo que comece a
poupar R$ 400 por mês, aos 25 anos, chegará aos 65 anos com R$ 1 milhão. Se
começar as 40 anos, o esforço mensal deve ser de R$ 1.280, e aos 50 anos, R$
3.220 por mês.
Próximos
passos na semana que vem...