César Urbini é graduado em Administração de empresas pela USP, pós-graduado em Mercados Financeiros pela Saint Paul e Sócio-fundador da FlowInvestimentos
Investidor,
você é capaz de identificar qual processo utiliza para tomar decisões? São elas
que definem seu comportamento, que, por sua vez, é guiado por um simples
princípio: a busca pelo prazer e a fuga da dor. Portanto, toda ação que
empreende tem como objetivo maximizar sua experiência de prazer e evitar dor
física ou emocional, o que é bastante benéfico, porém traz grandes problemas
quando não controlado.
A causa do
desequilíbrio está bem enraizada na sociedade pós-moderna. A ausência de
genuínas fontes de prazer de longo prazo o torna viciado em gratificações
instantâneas, fazendo com que perca o sentido do por que das coisas. Conduzido
pelo consumismo e bonificações, o ser humano abre mão de realizações duradouras
ao focar suas ações no curto prazo, aceitando carreiras que não gosta,
responsabilidades que não se importa e associando intensa dor à mudanças,
entrando, assim, em piloto automático.
Essa falta de
planejamento é facilmente identificada nos investimentos pessoais. A dor ligada
ao autocontrole somada àquela por imaginar-se em dificuldades financeiras é
insuportável para a maioria das pessoas. Como se não bastasse, a situação é
agravada por nossa complexa relação com o tempo: a total falta de controle
sobre esse fator torna qualquer exercício de planejamento uma tarefa árdua.
O resultado
dessa equação é suficiente para torná-lo um eficiente procrastinador quando o
assunto é investimento, restando apenas torcer para que consiga sobreviver
pelos desafios da vida sem ter se importado muito como trata seu dinheiro.
Pensamentos reconfortantes como “sei que posso cuidar melhor de meus
investimentos, mas não preciso fazer isso agora” também são comuns para aqueles
que estão sabotando o próprio futuro, relegando o planejamento financeiro para
segundo plano.
O ato de
“deixar isso para depois” te dá a falsa impressão de que está no controle, de
que começará assim que quiser. Não se engane, você não conseguirá fazer isso
sozinho. No caso de uma doença grave, você se automedicaria? Se tivesse uma
grande competição pela frente, treinaria sozinho? Então por que preencher as
lacunas da educação financeira sozinho? Por que não contar com ajuda
profissional na hora de definir quais são os melhores investimentos para você?
Estou aqui para vocês.
A chave é a
confiança. E tal sentimento é conquistado e transmitido quando nos cercamos de
não apenas aqueles que precisam o que oferecemos, mas principalmente aqueles
que acreditam no que acreditamos. Eu acredito que pensar diferente aliado ao
emprego de alta atividade tem o poder de criar nosso futuro e nos tirar do automático.
E você, no que acredita?