** O Linense, ganancioso pelo dinheiro dos confrontos
contra o São Paulo, conseguiu encher a mala, de gols, levando 7 nos dois jogos
no Morumbi. O clube não arrecadou o milhão sonhado, sofrendo agora a rejeição
de muita gente em Lins pela iniciativa. É claro que a diretoria do clube,
responsável pela manutenção de suas atividades, tem que desdobrar para mantê-lo
em atividade, mas a justificativa apresentada não cola. A identidade de um time
de futebol com sua cidade, suas origens e o carisma que ele ganha com o passar
dos anos, não tem preço e muito menos está à venda.
** Votuporanga, após o resgate do futebol profissional
feito pelo ex-prefeito Juninho Marão, é um exemplo de como se deve manter uma
relação afetuosa entre seu povo e seu time. A extinta Associação Atlética
Votuporanguense enchia o velho e saudoso "Plínio Marin", acanhado,
gramado surrado, mas muito respeitado pelos adversários. A torcida pressionava
colada no alambrado, os gritos ouvidos, ecoavam fortes em quem estava dentro
das quatro linhas. Da SEV pouco pode se falar, sua relação com a torcida não
foi das melhores, mas os esforços de Gilberto Pitarelli são reconhecidos. Veio
então uma pausa que agonizou a cidade com o fim do futebol. Surgiu o CAV,
literalmente, de estrangeiros, adotado com carinho e que desde quando passou a
ser administrado por empresários locais, mantém uma relação afetiva com os novos e velhos torcedores.
** A Alvinegra ainda precisa de pontos para fugir do
rebaixamento e deve mesmo comemorar
o ponto ganho em Piracicaba num
jogo que poderia ter vencido pois teve as melhores chances. Novamente nesta
quarta-feira, o papel de seu fanático, mas incentivador torcedor é importante. Apesar do horário
exigir um grande esforço já que é dia de trabalho normal, com certeza teremos as arquibancadas da
Arena "Plínio Marin" com muita gente. Vencer é primordial para já se
respirar aliviado e fazer os planos para o futuro.
** Um tradicional clube do Interior está agonizando após
campanhas que o levaram a ser destaque internacional. O Paulista de Jundiaí,
vice estadual num campeonato sem os grandes em
2004, campeão da Copa do Brasil de 2005 passando por Internacional,
Cruzeiro e Fluminense, e que venceu o
River Plate no Jayme Cintra pela Libertadores em 2006, caiu para a
quarta divisão. Seu estádio é a única garantia para o pagamento de dívidas
deixadas por administrações desastrosas e desonestas, que o levaram a falência
dentro e fora de campo.
** Ao final da fanfarronice armada pelo falido Mogi
Mirim, a diretoria do CAV tem a obrigação de judicialmente interpelar o clube,
que de tantos processos, não vai com certeza, se importar com mais um. Não se
pode levianamente agir do modo como agiram, desesperados e despreparados, os
que comandam este tradicional clube do Estado.