César Urbini é graduado em Administração de empresas pela USP, pós-graduado em Mercados Financeiros pela Saint Paul e Sócio-fundador da FlowInvestimentos
Inspirado por
minha recente participação na rádio desse mesmo jornal e refletindo sobre o
trabalho educacional que venho fazendo, aproveitarei nossos próximos encontros
para dar mais detalhes sobre as tão faladas alternativas de investimentos.
Preocupei-me tanto em alertar para os péssimos investimentos quem existem em
bancos (principalmente a poupança) que deixei de lado apresentar as opções. Mas
aqui vai um alerta: isso não substitui a necessária conversa individual que
precisamos ter, afim de casar os melhores investimentos com seus objetivos
financeiros.
O maravilhoso
mundo dos investimentos pode ser dividido em dois grupos: Renda Fixa e Renda
Variável. E é com a Fixa que começaremos. Além de ser a mais comum, a
preferência nacional, é considerada a porta de entrada para aqueles que iniciam
o caminho da salvação.
Como tudo o
que é bom nessa vida, a principal característica da Renda Fixa é que um dia ela
acaba, portanto, possui vencimento. E mais importante, quando você investe em
um exemplar desse grupo, sabe exatamente quanto receberá de hoje até o último
dia de existência do ativo.
Em termos
práticos, isso significa que se você investe R$ 100 mil em um produto de Renda
Fixa que renda 11% ao ano e vencimento em dois anos, em seu último suspiro esse
ativo devolverá aproximadamente R$ 123 mil. Faça chuva ou sol, esse será
montante recebido após o período.
Acredito que
até aqui não falei muita novidade, já que a própria poupança pode ser
considerada um ativo de Renda Fixa, ou seja, é um produto presente no cotidiano
da maioria. O problema é que por causa disso não nos damos ao trabalho de
procurar as melhores alternativas, nos contentando com a mixaria que os bancos
estão dispostos a pagar. CDBs pagando 85% do CDI, LCA e LCI pagando 70% do CDI,
isso é te fazer de besta e ainda dar risada na tua cara.
Com um pouco
mais de entusiasmo e orientação, os mesmos produtos, rendendo de 30% a 40% a
mais, são facilmente identificáveis e, ainda por cima, com a mesma segurança.
Pode ser difícil de acreditar, mas não sou eu quem está fazendo a mágica, só
estou entregando o que é justo. Quem faz o truque do “rouba-monte” é seu banco.
Mesmo os títulos públicos, acessados pelo famoso Tesouro Direto, rendem muito
mais do que a poupança ou qualquer outra Renda Fixa de agência bancária.
Agora, para a
tropa de elite dos investidores (também, treinados por mim, fica fácil) que
sabe onde realmente está o valor, existem as Debêntures, que nada mais são do
que a boa e velha Renda Fixa com muita mais rentabilidade e segurança
reforçada, dessa vez ligada a empresas ao invés de banco. E elas possuem mais
vantagem porque uma empresa de fato precisa do dinheiro que você está
investindo nela, ao passo que o banco não (se tem alguém que tem dinheiro nesse
país é banco). Mas aviso: as boas Debêntures não são fáceis de achar,
assessoria é essencial.