*Alessio Canonice é de Ibirá e colabora com este jornal – alessio.canonice@bol.com.br
As questões trabalhistas foram alvo de debates e troca de ideias entre os brasileiros, mormente sobre as vantagens ou não, que correspondem às novas regras de terceirização.
Tais regras nas empresas e as discussões da reforma da Previdência em trâmite no Congresso Nacional passaram a mobilizar a atenção dos trabalhadores de um modo geral.
Muitas pessoas que nunca se interessaram pelo tema agora acompanham preocupadas com os reflexos de que as mudanças possam trazer no dia a dia no campo do trabalho e também no futuro, quando chegar à fase de aposentadoria.
Esse envolvimento da população com o tema em questão é muito importante e, assim sendo, os eleitores deveriam ficar mais atentos sobre outros projetos que são discutidos e aprovados pelos políticos e que nem sempre vêm ao encontro das aspirações de todos em função das conveniências ou inconveniências.
É evidente que, certamente, teríamos um país em melhores condições. Por outro lado, o interesse dos brasileiros articula uma série de boatos, informações que não condizem com a realidade dos fatos, além de outras erradas e divulgadas muitas vezes com outros objetivos, entre eles, para confundir a opinião pública.
Em um momento delicado como este, torna-se necessária toda a atenção e acompanhamento, buscando informações devidas e lógicas com credibilidade e de uma forma a contento, para que o tema seja da melhor maneira possível e com transparência, a fim de que tenhamos um posicionamento correto no que tange à movimentação dos parlamentares em nível Federal.
Entendemos que as mudanças no campo do trabalho devam afetar a todos e como todas mudanças causam algum impacto e resistência, quando não preenchem os requisitos essenciais e compatíveis com o ideal da maioria da população, não resta outro caminho senão aguardar o que virá pela frente e que possa ser bem-sucedido em prol da classe trabalhadora.
No caso da terceirização, por exemplo, há toda uma campanha para levar os trabalhadores a acreditar que o único objetivo do projeto é privar as pessoas de seus direitos, à vista de uma mudança considerada complexa e que está causando polêmica por parte de muitos brasileiros sobre quais os benefícios que poderão oferecer à massa trabalhadora.
Porém, de outro lado, achamos que é preciso analisar o tema de uma forma ampla e objetiva, acrescentando a essa situação o fato de que o Brasil vive uma onda de desemprego jamais vista em tempo algum e sem precedentes que justifiquem o percentual de desemprego, que já ultrapassou a soma de mais de 12 milhões de pessoas desocupadas.
Grande parte das famílias enfrenta dificuldades para garantir o seu sustento, as condições fundamentais e necessárias de se colocar o pão à mesa, além de outras prioridades e despesas escolares, que se constituem na compra de materiais para o estudo dos filhos.
As novas regras são uma iniciativa para tentar reverter esse quadro, fazendo com que as empresas voltem a contratar, pelo menos na opinião do governo, deixando de lado as leis antigas na eventual permanência delas, porque entendem os técnicos e a própria máquina administrativa, que não favorecem a redução do desemprego.
Praticamente, é a mesma situação da Previdência, onde novas regras não estão sendo aceitas pela maioria da população, notadamente para quem está próximo a requerer os benefícios da Seguridade Social, em obediência à idade mínima de 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres.
É evidente que o alerta sobre a situação financeira do sistema previdenciário é delicada e não se constitui em nenhuma dúvida para todos que estão atentos à mídia e que causa preocupações aos próprios aposentados e pensionistas de todo o país. Façamos votos para que tudo termine com êxito.