Depois de uma crise que repercutiu em todo o território Nacional, quando das discussões em torno de duas palavras: renúncia ou impeachment, o cenário se espalhou a respeito do que viria pela frente.
Não se falou em outras opções em todas as rodas de deputados, senadores e jornalistas na possibilidade de uma coisa ou de outra. Assim tem sido desde o momento em que os noticiários da televisão revelaram o conteúdo da delação premiada do empresário Joesley Batista, dono da JBS e que não deixou brechas para se formar dúvidas de que os áudios mostraram diálogo entre dois personagens.
A crise deflagrada pela denúncia se desdobra em duas situações, pelo menos é o que se supõe no que tange aos argumentos do presidente Michel Temer de que é inocente, até que ele prove o contrário, para que tais argumentos convençam para dissiparem toda e qualquer dúvida a respeito das denúncias a ele imputadas e, quanto à segunda, trata-se de uma definição de Temer, caso o panorama venha a se agravar e exigir tal procedimento.
Importante ressaltar nesta oportunidade o fato de que todo cidadão tem o direito de se defender por esta ou aquela situação e Temer não seria uma exceção, percorrendo o caminho que resulte da melhor forma possível a sua defesa e que seja para o bem próprio e para a possível ou impossível permanência na condução da máquina administrativa.
Com uma suspeita que compromete a pessoa do Sr. Presidente da República, discute-se qual das duas alternativas seria mais viável para a normalização da vida política: impeachment ou renúncia. Uma delas poderia ser a saída para o caos em que vive o país, porém, o que o presidente Michel Temer está buscando não é nenhuma das duas, e sim, permanecer no Palácio do Planalto.
Temer foi muito objetivo em seu pronunciamento de poucos minutos, sem entrar em muitos detalhes, no qual foi categórico: “não renunciarei”. Sei da minha consciência e ciente da minha regularidade dos meus atos.
A renúncia, pelo que entendemos, é um ato pessoal e intransferível. Decorre, sobre tudo, da pressão do peso das circunstâncias e, quanto ao impeachment, é uma outra situação a ser cumprida rigorosamente de acordo com a lei, com embasamento puro e cristalino nos dispositivos da Constituição Federal.
Seja qual for a saída encontrada, nesta hora grave é preciso grandeza e não apenas a do presidente ou daquele que, supostamente, venha a dirigir os destinos administrativos da Nação, já que a impopularidade do atual presidente é mais que certa. Neste caso, o tempo é que vai definir este cenário para a tranquilidade e normalidade dos complexos legislativo e executivo.
Quando se fala em grandeza, trata-se de busca de uma solução para o delicado momento em que se encontra o país, para que se coloque o Brasil nos trilhos da prosperidade, crescimento e desenvolvimento, que sejam capazes de pô-lo acima de tudo e não dos interesses pessoais, libertando-se dos hábitos da corrupção que se instalaram em Brasília, uma doença crônica que precisa ser combatida e curada com medicamento próprio.
Dessa forma, entende-se um dos principais caminhos a aprovação das reformas indispensáveis, cumprindo a caminhada rumo à modernidade, ficando liberta dos vícios daqueles que se amoldam ao enriquecimento às custas do dinheiro público, dinheiro nosso, do contribuinte que honra seus recolhimentos em favor dos cofres públicos.
Os homens públicos devem pensar mais no país do que em si próprios e nos destinos a serem traçados, pois há necessidade premente de exigir dos políticos brasileiros mais dedicação em matéria de servir a Pátria, deixando de lado o individualismo e a ambição do enriquecimento fácil.
Somente assim, com a bravura e trabalho dos homens que estão no poder em prol da causa pública, teremos o Brasil do sonho de toda a comunidade brasileira.