Não só pelo que acontece no Brasil, mas também no mundo, realmente os tempos já são outros. O que passou, passou, não volta mais, tanto para os mais idosos quanto para os mais novos. Vivemos outras épocas, outras realidades. O mundo cibernético “bagunçou o coreto” e, vejam só, tudo está apenas no começo no campo da tal de informática, só não enxerga quem não quer. A própria política será diferente daqui por diante, mesmo que alguns países ainda insistam em fazê-la nos moldes tradicionais. A velocidade das informações atropela qualquer marqueteiro; o povo, sem dúvida, vai começar a pensar diferente; as escolas precisam se adaptar aos novos alunos. Sabe-se lá quando haverá uma nova estabilização, a velocidade das mudanças está frenética.
Na Europa, algum país elege alguém diferente e os comentários sobre os resultados do cara são cobrados imediatamente. Os EUA elegem um “falador” e as metralhadoras giratórias começam pipocar. Sabe-se lá onde isto tudo vai parar. São realmente novos tempos.
Imagino que em comunidades como as que temos no Brasil, muitas bem novas ainda e se esforçando para criar bons ambientes para quem mora nelas, mais que nunca o dialogo entre a própria população é que vai determinar os bons caminhos da convivência. Os administradores municipais precisam manter contato direto com os grupos formados nessas comunidades e entender quais as necessidades mais importantes para os próprios, desde que existam recursos para implementá-las. As conversas francas entre administradores e população serão, acredito, fonte de pacificação.
No caso do Brasil, nota-se que o povo está estupefato e descrente. É muita notícia ruim diariamente, é muita fofoca, é muito podre aparecendo, tudo parece não ter fim.
O artigo ficou pronto na quarta à tarde e, à noite, para confirmar o primeiro parágrafo deste artigo as coisas aqui no Brasil viraram de ponta cabeça. O cenário tornou-se indefinido, o que valia para pensamento no dia anterior não valia mais para a quinta-feira. Sabe-se lá o que vem até à tarde da própria quinta. Sabe-se lá o que vem por aí até o artigo ser publicado na sexta. E, o pior, é que no mundo a situação está preta também. Vai que algum líder internacional, com rabinhos quentes, não resolva apertar algum botãozinho para distrair a atenção e, pronto, os problemas do nosso país passam ser coisa banal. E, tem mais, a polícia e o Judiciário brasileiro precisam continuar desnudando a politicalha nacional. Doa em quem doer.
Mas, enquanto isso, aqui no Brasil, está faltando alguma voz positiva no cenário geral, alguma voz corajosa, que possa imprimir confiança na população, que possa oferecer um fio de esperança.
Estamos precisando de otimismo, um otimismo real, mesmo trabalhoso, porém, real. Estamos precisando de pacificação e não estão corretos alguns líderes que ficam jogando povo contra povo, afinal somos todos brasileiros, habitantes de um mesmo pedaço do mundo. É um erro alguém querer o poder e, para isto, provocar a discordância geral. Não importa de qual partido o cara seja, apenas o articulista imagina que quem age assim é um desumano, hipócrita e safado.
E, em meio a todas essas considerações, que não são exclusivas desse que escreve, percebendo os novos tempos, sem dúvida, aqui no Brasil, onde vivemos, uma reforma política, que acompanhe as novas necessidades, precisa ser feita. Está na hora de uma renovação total, mesmo que alguns, razoáveis no trabalho e nas atitudes, fiquem de fora nas próximas eleições, porém, a renovação é necessária, com o tempo será boa para todos, menos para os caras que só pensam nas próximas eleições e não nas próximas gerações.
E, mesmo sentindo a realidade, sejamos otimistas, tenhamos paciência, preguemos paciência e acreditemos que, em algum momento, a máquina Brasil funcione de novo. Nós, adultos, não podemos perder a esperança, as crianças e os jovens dependem de nosso esforço e bom discernimento. Tenhamos paz e caminhemos nesses novos tempos.