Como se não bastassem o problema do desemprego, que já atingiu o patamar de mais de 14 milhões de pessoas desocupadas, além da crise econômica e de outros fatores que envolvem o quadro em que se encontra o país, surge o problema consistente da pobreza cada vez mais se intensificando.
O Brasil vive apuros dos quais já se tinha uma previsão, pois o problema vem se arrastando, mormente a partir do segundo mandato do governo Dilma Rousseff e que já se estende por três anos, seguindo as ruínas das contas públicas e tomando dimensão desfavorável de difícil solução, pelo menos na situação presente.
A falta de investimentos fica evidente a deterioração generalizada dos serviços prestados pelo governo em nível Federal, já que os grandes investidores ficam na dúvida de conseguirem êxito, porque preferem pisar em solo fértil, razão pela qual envolvem milhões para realização de seus empreendimentos, uma necessidade imperiosa para melhoria do mercado de trabalho.
De acordo com as projeções do Banco Mundial feitas em estudo o número de pobres subirá de 17,3 milhões para 19,8 milhões entre 2.015 e 2.017, o que vem demonstrar a má distribuição da riqueza Nacional e de uma política que não vem ao encontro das necessidades da classe menos favorecida pela sorte.
Há dois anos, enquanto Dilma lutava por sua sobrevivência política, a economia entrou em recessão de uma forma desenfreada, e a inflação, além do desemprego que disparou, sobretudo nas vagas com carteira assinada, ao mesmo tempo em que os índices de pobreza que haviam caído, mormente com o desejo de Lula quando presidente em acabar com ela, aumentou consideravelmente.
A parcela dos pobres no total da população ficará próxima a 10%. Enquanto isso, o número de extremamente pobres subirá de 6,8 milhões para 8,5 milhões ou 4,2% da população, números excessivos e que preocupam aqueles que estão representando o povo, desde que venham a se preocupar de verdade, deixando de lado o individualismo e o interesse próprio, aquele de expandir suas economias e outros privilégios.
As projeções dizem respeito ao cenário que prevê a retomada econômica e, se houver mais um ano de recuo nesta atividade, algo improvável será mais que certo e o aumento na pobreza será ainda maior para a decepção dos que acreditam no crescimento da economia.
A estimativa de uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) de 1% em 2.017, fará com que o cenário esteja em um plano sofrível, porque serão 3,6 milhões de novos pobres e 2,6 milhões de pessoas extremamente pobres na acepção da palavra.
A recessão, contudo, explica somente uma parte da história, acrescentando a este fato outro fator responsável pelo aumento dos índices de pobreza é a desigualdade de renda e que se constituiu na inflação, sobretudo em 2.015, quando o índice médio de reajuste de preços superou 10%, consolidando-se em uma situação difícil e que impossibilitou o poder de compra da classe de baixa renda.
O principal motivo da pobreza naquele ano de 2.015 pode ser atribuído à inflação e uma parte ao desemprego, de acordo com o economista Marcelo Neri, diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas.
Eis aí, portanto, o quadro em que se encontra e que narramos em face das variadas situações do nosso país, apesar de todo o empenho do governo, procurando fórmulas para sair da crise, porém, tudo leva a crer que seja a longo prazo com medidas plausíveis e que venham ao encontro do desejo de todos os segmentos da sociedade.