Ao longo de alguns anos tem sido uma crise econômica e política sem precedentes e com influência direta no dia a dia em que vivemos.
Denúncias de corrupção, fazendo estremecer as estruturas da política em Brasília e a economia desenfreada, levando fechamento de postos e mais postos de trabalho por todo o país, têm sido a grande causa do momento.
A presença de políticos corruptos e a dificuldade para o fechamento do balanço mensal tem atingido a classe trabalhadora e os próprios empresários, porque ficam na dúvida de como será o dia de amanhã.
Se a recessão econômica teve reflexos violentos, os desencontros na política levaram à queda do conturbado governo de Dilma Rousseff e, assim sendo, o momento não é nada animador, à vista do quadro em que se encontra a direção do Poder Central.
O novo governo de Michel Temer assumiu com o compromisso de propor reformas e colocar a administração nos trilhos e, aos poucos, o cenário foi se transformando a ponto de nos últimos meses o mercado apontar para uma economia considerada insustentável, com a diminuição de vagas no mercado de trabalho de todo o país.
Está mais que comprovada a impopularidade do atual presidente da República, talvez por estar propondo reformas que não vêm ao encontro do desejo de uma boa parte dos brasileiros e que desde há alguns dias vêm provocando manifestações por parte dos vários segmentos da sociedade, mormente dos trabalhadores de um modo geral.
Nessa semana que se findou, quando o governo nos pareceu que teve perspectiva de melhora, tudo foi destruído em uma delação premiada que veio a público na última quinta-feira, dia 18 do corrente, envolvendo os empresários donos do grupo JBS, que denunciaram o presidente Michel Temer de dar aval para a compra de silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, após ter sido preso em Curitiba.
Sem dúvida, este fato se converteu em uma bomba que detonou Brasília, à vista da gravidade da situação, a ponto de aquecer as discussões pelos quatro cantos do território Nacional.
Temer, em seu primeiro momento, ficou no silêncio e, um dia após a denúncia, foi a público negar as acusações, afirmando que não renuncia, mas sem convencer muitos aliados e muito menos adversários, tornando-se isolado e sem o respaldo necessário dos amigos políticos que, supostamente, possam defendê-lo para se sair desta emaranhada situação.
Após a divulgação dos áudios, o que se viu foi exatamente diálogos entre dois personagens, visando interesses próprios e não aqueles que dizem respeito aos interesses da Nação com novas ideias de progresso efetivo e desenvolvimento de uma forma a contento.
O episódio mais uma vez dificulta a separação entre aqueles que estão dispostos a servir a Pátria junto ao parlamento e os que estão envolvidos seriamente em propinas e que somam milhões, próximos a chegar à casa dos bilhões que, por certo, os brasileiros não merecem vivenciar e presenciar os hábitos criados na condução em que se encontra a política brasileira.
Um dos principais fatores, que não podemos deixar de enfatizá-lo foi a movimentação no mercado financeiro junto à bolsa de valores, turbulento e de uma expectativa que eleva o clima de tensão, além do que já elevou, mormente com a alta do dólar, uma surpresa inesperada em função de um momento político inesperado.
O Brasil e os brasileiros não podem e não merecem um novo período de crise da forma com a qual se desenhou o presente, portanto, é hora de agir. Ou temer prove sua inocência, uma perspectiva improvável ou tome uma decisão para o bem do país, razão pela qual os manifestantes não darão tréguas sem esta definição do presidente da República.
Para equilibrar o cenário, basta o Congresso Nacional ter homens dignos, decentes e honestos, para ajudarem o crescimento do Brasil em todos os ângulos da vida pública.