Por mais que se tente reduzir a violência no Brasil, torna-se infrutífera esta luta, pois a cada dia que passa vem tomando dimensão de uma forma desenfreada e que vem ocorrendo diariamente em todos os lugares do Brasil e do mundo.
Poucos são aqueles que saem às ruas com tranquilidade absoluta de que estão extremamente seguros quando voltam ao lar sem a mínima preocupação de serem abordados repentinamente pelos agressores que atacam o próximo sem piedade e sem medir as consequências de seus atos.
Ao andar pelas ruas e avenidas, os momentos imprevisíveis estão sujeitos a acontecer, levando-se em consideração o fato de que muitas pessoas morrem e deixam famílias em sofrimento por causa de um assalto, bala perdida ou por outros motivos atinentes a este quadro desanimador do dia a dia de nossa existência.
Cada dia que se sucede a violência aumenta rapidamente em vez de todos serem unidos, parece que se separam, portanto, não sabemos o que será o dia de amanhã, razão pela qual há tanto medo dentro de nós, que não pensamos em outra coisa senão o risco da violência.
Não podemos esquecer de ressaltar a violência nas torcidas de futebol e de todas as modalidades, coisa que deveria ser diversão acaba em acontecimentos lamentáveis e morte para o desespero dos pais que perdem um filho em situação deprimente, arrasadora e que merece o repúdio de toda a sociedade.
Como todos nós sabemos, continuam ocorrer no Brasil graves violações dos direitos humanos. No caso, as vítimas tendem a ser aquelas que mais precisam de proteção: os pobres urbanos e rurais, os negros, os jovens e também aqueles que trabalham em prol dos mesmos: advogados, professores e assim por diante.
As brechas cada vez maiores entre riqueza e pobreza, juntamente com as atividades do crime organizado e a disponibilidade de armas criaram uma mistura explosiva em que a escalada da violência desde há muito se tornou um problema sério às autoridades, no sentido de combatê-la com eficiência.
O panorama nas zonas rurais ainda é pior. Em apenas 4%, aproximadamente, que se refere aos casos de morte de camponeses e líderes sindicais rurais, é claro que os responsáveis foram a julgamento sobre a pena de cada um.
O povo brasileiro tem o direito de viver sem medo do crime e, particularmente, da violência, desde que haja o respaldo eficiente de segurança efetiva, capaz de estar em sintonia com as necessidades de que se fazem necessárias, condicionadas a uma melhor proteção ao cidadão, quando se dirige à sua atividade profissional e quando retorna à residência.
Temos a destacar nesta oportunidade o caso de Carandiru, um dos mais arrasadores, onde o número de vítimas foi o suficiente para se ter uma ideia dos óbitos de pessoas que estavam em serviço no cumprimento das suas funções à época da tragédia.
Infelizmente, para muitos brasileiros, o Brasil é tido como insuficiente na aplicação da justiça de uma forma a contento, porém, não significa que a população não acredite nela, mas deveria ser intensificada com todo rigor na aplicação da lei.
Um senhor manobrista de veículos de estacionamento de uma cidade do interior paulista, pertencente à comunidade negra e que exercia esta atividade para ajudar nas despesas de casa, eis que, de repente, foi surpreendido por três elementos mal-intencionados, desferindo-lhe de forma cruel ferimentos e pancadas, a ponto de levá-lo a óbito por não ter resistido à violência empregada naquele dia.
Não se sabe, entretanto, se esta ação criminosa foi pelo fato de ser negro o manobrista ou pelo prazer de crucificá-lo de uma forma cruel com a qual se deu naquela ocorrência.
Este, afinal, é o quadro da violência que se estende por todo o país.