O presidente Michel Temer, desde que assumiu o governo, só fez, ao lado de sua equipe de burocratas, trabalhar para tirar direitos dos trabalhadores. Primeiro foi a terceirização, que acolheu a vontade de empresários e das elites em claro detrimento de quem efetivamente ergue as mangas e constrói o País.
Em seguida, demonstrando conduta neoliberal, de capitalismo selvagem, conseguiu passar na Câmara Federal a Reforma Trabalhista, cujo teor, a ser analisado ainda pelo Senado, enfraquece sindicatos e precariza as relações entre o capital e o trabalho.
O próximo passo seria a reforma da Previdência. E digo seria porque Temer, despreparado que é, caiu nas malhas da corrupção, ricamente tecidas pelo empresário Joesley Batista, dono da Friboi, com oito indiciamentos na Justiça e um dos maiores devedores da Previdência (cerca de R$ 2 bilhões).
Quem com ferro fere... Pois é. Os principais atores da política formulada pela faixa presidencial, os empresários, que visam apenas o lucro enquanto o povo brasileiro se perde nos labirintos do desemprego, traíram Temer, ferindo-o de morte.
Enquanto ele tenta subir por um pau de sebo, escorregando cada vez com mais vigor, seus delatores estão fora do País, gozando de liberdade e usufruindo do dinheiro conquistado, pois, antes da delação vir a público, compraram US$ 1 bilhão (um bilhão de dólares). Quanto ganharam nesta absurda transação?
Temer não quer largar o osso do poder. Tenta desqualificar a gravação da fita. Disse em entrevista à Folha de S. Paulo pensar que o encontro com o dono da Friboi era em razão da Operação Carne Fraca, deflagrada dez dias depois da malfadada reunião. E mais: chega ao cúmulo de afirmar que não sabia das pendências de Joesley Batista com a lei!!!
O principal mandatário desconhece fatos corriqueiros. Fatos que o mais humilde brasileiro sabe.
Ora. Sua assessoria não o avisou dos antecedentes do boi que adentrou o Jaburu? Eu mesmo respondo. Não avisou porque o encontro, secreto, não foi agendado.
Com as reformas, o excelentíssimo senhor presidente quis tirar os direitos dos trabalhadores que sequer puderam opinar a respeito. Agora passa pela mesma situação, com todos os holofotes da mídia mundial refletindo uma situação vergonhosa.
A voz do povo é a voz de Deus. E do povo se cunhou o velho ditado: “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”.
O Brasil descobriu: a palavra temer, em vez de sobrenome, é verbo...