Essa semana meu papo foi com o Rames Cury. Fui recebido por ele e pela Maria Antonia. Foram momentos agradáveis e de boas lembranças. O Rames e Maria Antonia são duas pessoas muito educadas.
Me disse o Rames que a família veio para Votuporanga em 1942. A indicação foi do Amin, porém, quem veio mesmo foram o Feres e o Farid, pai e irmão do Amin. Instalaram a “lojinia” na rua Amazonas, imediações de onde é hoje o Magazine Luiza, depois foram lá para os lados da rua Paraíba, na mesma Amazonas, a loja se chamava Casa Verde. A cidade foi crescendo e muitas coisas foram mudando.
O Rames, inclusive, foi vice-prefeito do Mário Pozzobon. Também, na época do prefeito Luiz de Haro (amigo de saudosa memória), o Rames foi nomeado como primeiro presidente do Plamivo, o primeiro plano de industrialização da cidade. Parece que o ex-prefeito Nabuco havia comprado uma área de terras para o incentivo do maracujá e essa mesma área foi aproveitada para o plano de industrialização. Felizmente vários prefeitos incentivaram nossa industrialização e, sem dúvida, por isso, Votuporanga se desenvolveu bastante. Sem dúvida, outras pessoas já devem ter escrito, com mais competência, sobre o assunto, e outros, também, escreverão. Como articulista apenas pretendo lembrar certas passagens.
A família Cury como tantas outras ajudou e acreditou na cidade, e o Rames foi até meu colega de período ginasial. Estávamos na mesma classe, em 1954, quando houve o suicídio do Getúlio Vargas. Na época alguns periódicos divulgaram que esse presidente havia se matado por vergonha dos escândalos noticiados de seu governo. Já pensou se fosse hoje?
E, lembro mais, vivemos o século 21, um dos ministros do atual presidente é casado com uma neta do Getúlio, o presidente da Câmara, parece-me, é casado com sua bisneta. Sem maldade de minha parte, esse negócio tá parecendo dinastia chinesa.
E, interessante, meus leitores e leitoras continuam me incentivando. A vaidade vai crescendo e estou até pensando em pedir aumento para o Diretor do Jornal. Favor não rir... Eu é que agradeço ao jornal pela manutenção do espaço.
E o Brasil, como vai ficar? Não é culpa de nenhum de nós que cada semana apareçam as tais notícias “cabeludas”. Os deuses de nosso Olimpo não tomam cuidado mesmo. Continuo pensando que esse negócio não vai terminar bem e, queira Deus, não termine em revoltas violentas.
Em 2001, escrevi um artigo comentando sobre um personagem que criei o tal de “Descamisado”, o cara foi reencarnado a força e, depois, fez algumas perguntas para o assessor de anjo, tais como:
1) Porque você não avisou que eu ia, como todos os outros brasileiros, ser governado por gente que está envolvida com o poder ou com a luta por sua conquista há mais de 40 anos?
2) Porque você não me avisou que em 64 houve uma “revolução” para que “uns” tirassem “outros” e hoje são os “outros” que mandam, aliados aos “uns”?
3) Porque você não me avisou que na próxima eleição todos os nomes fazem parte dos “uns” ou dos “outros”?
4) Porque você não me avisou que os “outros” participaram de atos aqui chamados de “terroristas” e que os “uns” em nome da constituição “aterrorizaram” os “terroristas”?
5) Porque vocês não ativam o “chip mental” de alguém que aqui já esteja e não faça parte desse imenso conluio? Alguém que possa ser um bom governante promovendo o bem estar da população, com desenvolvimento e muita justiça, libertando o nosso país da enorme dependência que lhe foi imposta, sem fazer promessas impossíveis.
Hoje, sem pretender ofender ninguém, complemento, pedindo, por favor, que não permitam nenhum dos tais nomes anunciados por aí e constantes de pesquisas seja candidato, pois já provaram que não são de nada. Que venham outros, vamos experimentar, vai que dá certo! Vamos começar de novo!