Falei por telefone com a querida amiga Djane Gallo, hoje moradora em São Paulo, esposa do também bom amigo, Dr. Sergio Tabacchi. Queria saber com alguma certeza quando o Sr. Aristides Gallo e Da. Laurinda chegaram em Votuporanga. Disse-me a Djane que foi em 1943, e a farmácia foi instalada na rua Amazonas, quase esquina com Tietê. Com certeza o Sr. Aristides foi vizinho do Alfredo Gorayb e do Marão Abdo Alfagali, o Marãozinho, que já estavam por aqui. Após 1945, não sei precisar o ano, a farmácia foi transferida para a Praça São Bento, esquina com a Ivaí. Ali “seu” Aristides construiu sua residência e ao lado uma outra casa, é assim que me lembro. Essa outra casa foi até Delegacia de Polícia. “Seu” Aristides foi, por algum tempo, também, delegado de polícia. Parece-me que nomeavam civis para ocupar a função por falta de efetivos. Muitos outros votuporanguenses ocuparam esse cargo. Havia, inclusive, um senhor de nome Nasser Atique, tenente da Força Pública, que morou na casa e ocupou o cargo. Esse Nasser, apesar de bem mais velho que eu, conheci bastante, era descendente de árabes mesmo. Mas, o Sr. Aristides foi muito útil para as famílias que o procuravam na farmácia, era muito atencioso.
Sua casa, “chefiada” por Da. Laurinda, era o ponto de encontro de muitos jovens da cidade. Foram épocas gostosas, para todos como eu, que puderam conviver aqueles momentos. A cidade era ainda pequena e simples, porém havia muita solidariedade e amizade. Faz tempo, um tempo, sem dúvida, inesquecível. Só que a vida continua, os tempos passam, a cidade vai se desenvolvendo e abrindo espaços para todos que queiram cuidar de suas famílias. Devemos todos torcer para que ela continue solidária, mesmo porque alguém já dizia: “tamanho não é documento, qualidade, sim”.
E o Brasil continua sua marcha de desfaçatez em mais uma semana de suspense.
E daí, como fica? Quem vai fazer alguma coisa boa? Até quando os “donos” vão continuar ferrando a nação? Prestem bem atenção e poderão verificar que boa parte dos “vestais”, instalados em poderes são consequência de ascendentes que já estiveram por ali e cometeram enormes equívocos. Tem “cidadão” que está há décadas mamando nas tetas da vaquinha Brasil, basta puxar a ficha para constatar.
O mundo está muito diferente do Brasil? Não acho, porém, percebe-se, mundo afora, que os caras que abusam caem do cavalo mais fácil. E, ainda sobre o mundo, o que percebemos é que, possivelmente, o regionalismo poderá prevalecer. Regiões se defendendo e cuidando de seus interesses. Nos EUA algumas regiões já estão tomando atitudes contrárias ao que pensa seu presidente. Aqui na nossa região precisamos tomar muito cuidado para não ficarmos sem representantes junto aos governos. Vai ser preciso muito desprendimento e conversa, caso contrário vamos ficar mais ainda na rabeira dos fatos e investimentos. O interior do Estado de São Paulo precisa se convencer que os mandatários do estado são todos do entorno da grande capital, o interior que se vire, devem pensar os “vestais” paulistas.
Até setembro, obedecidas as regas atuais, precisa haver uma reforma política para valer já para o próximo ano, porém os congressistas estão neste momento preocupados em tirar o “fiofo” da reta (desculpem a grosseria), para não serem pegos em erros cometidos e cumprirem cadeia e não estão nem aí com reforma política.
Tá faltando líder corajoso na nação. Que não se apresente nenhum fanfarrão, pois o que precisamos é de estadista sério, que saiba o que fazer e... fazer. Se o cara não for corajoso, sério e otimista, pode ficar em casa. Chega de tristeza, O Brasil precisa de alegria e confiança no dia do amanhã.
Pois é meus caros e bons leitores, vamos continuar a caminhada, vamos continuar malhando o ferro, vai que dá certo!
O Brasil precisa, sim, de muitas reformas, agradáveis ou não, porém uma é fundamental e precisa ser feita pacificamente que é: “a mudança dos maus costumes políticos”. A partir daí, e quando acontecer, as crianças e os jovens poderão vislumbrar esperanças.