É muito gostoso encontrar leitores dos artigos, sinal que o articulista não está abandonado. Por falar em abandonado, existem umas pessoas que descartam gatinhos e cachorrinhos pelas estradas como se fossem lixo. É uma pena ver isso, infelizmente acontece. Mas, voltando aos leitores, é gratificante mesmo perceber que alguns se dão ao trabalho de ler o que escrevemos. Por isso mesmo, cada vez mais, devo tomar cuidado para não ofender ninguém, seja lá de que partido for.
Mas com a proximidade dos oitenta anos da cidade, vamos lembrando alguns de seus moradores.
José Silva Mello, o Zequinha Mello, pai do amigo Jesus, veio para Votuporanga em 1941. Quando chegamos por aqui, em 1945, o Zequinha já fazia parte da cidade. Gostava de futebol, foi torcedor do VEC e, se não me engano, ajudou fundar a Votuporanguense. Zequinha era alfaiate, sogro do velho Duó, pai do famoso Duó que jogou pelo Palmeiras. Sua esposa era Da. Maria Duó e os filhos são o Jesus Silva Mello e a Maria Aparecida. Zequinha e Da. Maria sempre foram muito religiosos.
Jesus tem sido meu companheiro desde a infância, até time de futebol organizamos juntos. E, tem mais, fui coroinha na São Bento e meu coleguinha no altar era o próprio, Jesus, Jesus Silva Mello. É mole ter Jesus como colega de altar nas missas? Fomos os coroinhas fundadores da Paróquia São Bento, quando a igreja ainda era no prédio onde hoje é a Tawati. Mas, voltando ao Zequinha, pai do Dr. Jesus, um cidadão que merece ser lembrado pela sua conduta ilibada e por todos os trabalhos que participou em favor da cidade. Zequinha é mais um daqueles que, sem pedir nada em troca e nem ficar “cantando de galo” por aí, ajudaram Votuporanga se desenvolver. Só tínhamos uma diferença, ele era VEC e eu América, porém convivíamos na melhor boa e, também, aprendi muito com esse excelente ser humano.
Moçada, enquanto isso aqui no Brasil descoberto por Cabral (o de Portugal, não o do Rio de Janeiro), tem uns oportunistas querendo implantar o parlamentarismo. Se trocam de presidente como trocam de camisa, com o parlamentarismo vamos ter um primeiro ministro por semana.
Precisamos mesmo de uma reforma política bem dura. Chego até pensar que, com todos os problemas atuais e sem luz no fim do túnel, o bom mesmo seriam eleições gerais, de cabo a rabo. Troca tudo e proíbe quem já está de continuar em qualquer cargo. Proíbem-se reeleições, vai tentando até encontrar alguém, ou alguns que acertem uma boa forma de fazer o pais caminhar tranquilamente.
Já escrevi e continuo pensando da mesma forma, ou mudam-se os costumes políticos da nação ou as nossas crianças e jovens vão sofrer muito no futuro. Os “vestais” que estão nos poderes precisam pensar um pouco na população, precisam deixar de cuidar de seus problemas imediatos e se dedicarem a construir um futuro melhor para todos. A administração pública não pode continuar sendo vista como o “bezerro de ouro”. Os caciques precisam acabar e os malandros precisam perder as boquinhas. É muito puxa saco para um só país.
E, tem mais, penso que as balas perdidas não existem só nos morros cariocas, as brigas das quadrilhas políticas brasileiras estão alvejando e machucando toda a população, estão tirando o entusiasmo das pessoas. Que pena! Nosso país podia e devia ser muito diferente, para melhor. E, sem ofender, lanço meu desabafo: abaixo aos safados!
Nesta quarta a cidade se despediu de uma educadora, esposa do Prof. Floriano Marzocchi, pessoas que ajudaram muito a cidade. O Prof. Floriano, que me lembre, dedicou-se bastante para uma boa arborização da cidade, trabalhou e deixou frutos e flores para o futuro.