Não se constitui em novidade para a maioria dos leitores de todo o país as incertezas e dúvidas quanto ao futuro do Palácio do Planalto, já que gera um clima de insegurança, à vista do desfilar de denúncias que compromete seriamente a imagem do presidente da República e de outros políticos que exercem cargo público.
A permanência de Temer no poder tende a abalar ainda mais a credibilidade do governo e o relacionamento com o Congresso Nacional, tendo em vista que as denúncias avançaram e se elevaram a uma desastrosa crise política em um governo que só vive para apagar incêndio, sem contar com as manifestações que poderão provocar outros de maiores proporções.
Por outro lado, tem-se a impressão de que o governo faz de tudo para apagar os fatos que o comprometem com influência direta na economia, com uma conjuntura desfavorável e insustentável de levar avante o complexo administrativo, porém, com o presidente não renunciando, tudo isso tende a se prolongar por um tempo indeterminado.
Independente das denúncias, que vêm tomando dimensão a toda hora, o presidente Michel Temer fez um pronunciamento, defendendo-se delas e ocupando a tribuna presidencial por um bom espaço de tempo, entretanto, as perspectivas de que se sente seguro não são nada animadoras, já que a situação em pauta chegou ao conhecimento da imprensa internacional.
Nós temos consciência, disse Temer, como todos devem ter de que ou você arruma a casa de natureza previdenciária ou você tem mais adiante um desastre no setor previdenciário, a exemplo do que vem se verificando em certos estados da Federação. Temer insiste nas reformas previdenciária e trabalhista, visando novos hábitos de se colocar em prática esta inovação.
Tudo leva a crer que, como já se encerrou praticamente o primeiro semestre, Temer tinha uma certa esperança de que as duas reformas seriam aprovadas dentro do mês de junho, mas tudo caminha em passos lentos, tanto por parte da Câmara como do Senado Federal, e de acordo com o andar da carruagem neste aspecto, somente a partir de julho é que poderão surgir as duas tão faladas reformas para discussão nas duas casas de lei.
O clima de tensão que se verifica em Brasília é de total preocupação, pois não há um comando austero, firme e convicto de que o governo continue a trilhar o caminho de dirigir a Nação de uma forma serena, à vista de uma conturbada crise, onde a figura do presidente não inspira confiança a uma boa parte da comunidade brasileira.
Os noticiários da televisão, da forma com a qual se apresentam, cada vez mais comprometedores e não se tem uma previsão do que poderá ocorrer, mormente sobre uma definição por parte do Congresso Nacional, já que o atual presidente da República foi muito objetivo em sua afirmação de que não renuncia e que deverá conduzir a máquina administrativa até 31 de dezembro de 2.018.
Na eventual possibilidade da volta das armas ao poder, a exemplo do que ocorreu em 1.964, no sentido de normalizar o andamento da condução administrativa, tudo indica que as forças armadas não estão propensas a desempenhar o papel de comandar o Palácio do Planalto, deixando de lado a intenção desta missão árdua, procurando exercer a função que vêm desempenhando na esfera do comando militar.
O clima que se tem conhecimento na capital Federal é de total insegurança, já que os parlamentares se dividem com suas opiniões diversificadas de cada um deles, não sabendo os rumos que possam levá-los a uma definição que corresponda a uma melhor solução para o país, visando, acima de tudo, os interesses da Nação para o desenvolvimento e crescimento indispensáveis e que possam dar continuidade, trilhando o caminho desejado do povo.
Não será do dia para a noite uma definição para normalizar os choques políticos entre aqueles que defendem a permanência de Temer no Palácio do Planalto e aqueles que são favoráveis ao seu afastamento, porque há muito interesse em jogo em toda esta emaranhada situação e que faz parte da manobra política.
Em um país, onde reúne todas as condições de se tornar uma das maiores potências do mundo, acaba sendo prejudicada por uma política mal direcionada e desajustada, afim de se deslanchar em todos os aspectos de expansão, especialmente no que tange à redução da taxa de desemprego.
É de se esperar que melhores dias surjam e que venham a contribuir para a retomada da economia em toda a sua plenitude.